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Tiro e Queda Quarta feira 26

A eleição da Mesa Diretora, ontem, foi considerada uma das viradas mais emocionantes da história das eleições de mesas diretoras em Alta Floresta. Bernardo Patrício, que encabeçava uma das chapas, e inclusive já havia agradecido aos “seus sete votos” em sessões passadas, acabou amargando uma derrota “muito amarga”, mas “amarga mesmo”, tão amarga que o semblante do vereador derrotado era “de dar dó”.

O presidente eleito, em seu discurso, falou que seguia orientação do seu partido, o PMDB, para exercer o seu voto e que, ser presidente, foi uma situação em que ele não pensava no momento. Agora, Crestani pretende fazer uma administração aonde aproxime o Legislativo do Executivo e, segundo o que disse, já teria conseguido um acordo com o prefeito Asiel Bezerra para que, a partir de 2015, aconteça uma reunião mensal com os vereadores e os secretários da administração para a discussão de pautas importantes para o município. Elói estava radiante de felicidade, agradeceu a cada voto recebido e prometeu levar seu mandato com bastante seriedade e competência.

Mas quem estava radiante mesmo era o presidente atual. Emerson Machado revelou que, há pelo menos três meses, vinha tentando articular o grupo de situação para que a Mesa Diretora não “caísse nas mãos da oposição”. Ele era o candidato  à presidência, mas, em nome do grupo, abriu mão para Elói Crestani. Ninguém apostava nisso, o que tornou a “vitória” ainda mais significativa. Usando o trecho de uma música gospel, Machado afirmou que “a minha vitória hoje tem sabor de mel”, mostrando-se um grande estrategista.

Pressão – O presidente eleito recebeu uma “grande pressão” nos momentos que anteciparam as eleições de ontem. Na segunda-feira, ele chegou a ser interpelado por um dos integrantes da chapa opositora, de maneira mais rude, mas, afirmou, ficou firme no propósito, além de ter dado um “cala a boca” no seu interlocutor, que o teria acusado de traição. “Eu continuo com meus princípios”, afirmou o vereador, “         apenas houve uma estratégia diferente e que precisa ser respeitada”, emendou em seguida, o que é uma grande verdade.

Nos bastidores da Câmara Municipal, fala-se que Bernardo Patrício estava “confiante demais”, a ponto de não ter provocado conversas com os vereadores que não estavam em sua chapa inicial. Depois de ter contabilizado os votos (sete) suficientes para sua eleição, Patrício simplesmente ignorou a existência de vereadores como Lau da Rodoviária, Mendonça, Charles e o próprio Emerson Machado, que a bem da verdade, seriam tratados como “inimigos políticos” caso sua previsão inicial (de vitória) se confirmasse. Ao ver sua estratégia ir “por água abaixo”, ele acabou acusando o golpe, tanto é verdade que, se não tivesse sido surpreendido, poderia ter agido diferente.

Segundo o que se ouve nos bastidores, já havia até funcionários sendo contactados para fazer parte do quadro no ano que vem. O departamento jurídico, por exemplo seria todo remodelado e a relação com o Executivo, contrariamente ao que foi dito nos discursos, seria muito difícil, daí a importância da “virada” proporcionada pela estratégia montada principalmente pelos vereadores Emerson Machado e Reinaldo de Souza (Lau).

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