O secretário de Saúde de Alta Floresta, Manoel João Marques Rodrigues confirmou que a construção de postos de saúde em Alta Floresta está paralisada há cerca de 10 dias, por decisão das empreiteiras que estão conduzindo as obras. Estão em construção os postos de saúde do bairro Vila Nova, Jardim Universitário, Jardim das Flores, Cidade Alta, Aos fundos da Praça Cívica e do Jardim Guaraná.
Segundo Manoel João, o Governo Federal, o responsável pela liberação dos recursos, só efetua os pagamentos após realizadas as medições que comprovam o andamento da obra. “O Ministério da Saúde manda no início 20%, depois das paredes levantadas, 60% e depois, só depois que ficar pronto é que eles repassam os últimos 20, só depois de pronto”, explicou o secretário, que afirmou ter participado no dia 9 de outubro em uma reunião da CIB (Comissão Intergestores Bipartite), em Cuiabá, onde foram repassadas as informações e atualmente só está se aguardando o pagamento por parte do Governo Federal. “Acredito que até meados de novembro deve estar chegando o recurso”, explicou o secretário que evitou tecer críticas à decisão dos construtores responsáveis pela obra, mas lamentou que a decisão tenha afetado a continuidade das construções. “É um processo às vezes que leva 30, 60 dias, mas é assim que funciona e sempre foi deste jeito, os construtores sabem, só que pra meter pressão, param a obra ficam falando besteiras, mas enfim eu acho que dentro do processo isso é normal”, afirmou.
A reportagem do O Diário levou ao conhecimento do secretário Manoel João, sobre o flagra registrado por nossa equipe, onde um dos postos está sendo utilizado por andarilhos que formaram “moradia” nos últimos dias, além do espaço estar sendo utilizado para uso de entorpecentes. Ele afirmou que já havia recebido a informação e que iria propor uma reunião com as forças de segurança pública na cidade para aumentar a vigilância no entorno das obras.
Indagado sobre a responsabilidade pela manutenção da segurança dos espaços, se era do executivo ou das empresas que estão construindo, já que ainda não foram entregues, o secretário deixou a entender que as empresas têm sua responsabilidade. “Eu acho que todas as obras públicas deveriam estar cercadas, pra não entrar ninguém, quem faria este serviço? É a construtora, ela é a responsável por isto, tanto que as obras novas todas estão cercadas, agora, nada impede que um malandro pule a cerca, faça as coisas lá, que a gente sabe que questão das drogas está difícil pra combater”, disse o secretário.