O secretário de administração, Dogla Arisi, reuniu a imprensa ontem pela manhã para explicar os detalhes que envolveram a liberação do aeroporto de Alta Floresta para operação em aviões de grande porte. Segundo o que disse, a participação da equipe de funcionários que atuam no aeroporto foi fundamental e também elogiou o trabalho do Gilbert Vaes, que montou os planos de segurança do aeródromo de Alta Floresta que estavam sendo exigidos pela Anac (Agencia Nacional de Aviação Civil). “O aeroporto foi completamente liberado”, comemorou, explicando que a restrição imposta pela agencia era apenas para voos com aeronaves de grande porte.
Para a obtenção da liberação, a Anac exigiu uma série de documentos que apontavam que as exigências da agância vinham sendo cumpridas, desde os planos de segurança até equipamentos que estavam sendo exigidos, como EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os bombeiros que atuam no aeroporto e EPRs (Equipamentos de resgate). Dentre estes EPRs, foi adquirido uma motosserra para cortar metal, muito útil em caso de ter que cortar peças de avião em resgates mais complicados. Também foram adquiridos produtos químicos que são utilizados em casos de incêndios com aeronaves. “O principal (problema) de todos, o caminhão AP2, é de conhecimento de todos vocês da imprensa, até porque, quando houve a entrega do caminhão em fevereiro, o caminhão foi entregue com o canhão superior quebrado”, relatou, relembrando que no trajeto até Alta Floresta uma das peças para funcionamento do caminhão bombeiro havia sido deteriorada.
Um segundo caminhão utilizado no aeroporto, o “Phanter”, também havia apresentado problemas em uma placa eletrônica que comanda o sistema de canhões que joga o pó químico em caso de incêndio. Por ser uma peça importada, o caminhão continua parado. “Mas o AP2 Fênix está em operação por completo, foi trocado o canhão superior dele e foram feito todos os testes e levantamentos conforme a Anac e enviado para a liberação do aeroporto”, disse Arisi.
Adequação do aeroporto custará R$ 680.000,00 para os cofres municipais
Para obter a liberação do aeroporto por parte da Anac, a prefeitura de Alta Floresta gastará, ao finalizar os planos, R$ 680.000,00, a partir de uma parceria com as usinas Teles Pires (e a empresa Odebrecht responsável pela construção da obra) e São Manoel (com a empresa Constran). O dinheiro de obras de compensação que seriam realizadas no munícipio, foram destinadas aos planos de segurança que estão sendo executados e os equipamentos que estão sendo adquiridos. Segundo Doglas Arisi, uma parte desse dinheiro, em torno de R$ 140.000,00 já foram gastos. “Foram todos comprados e pagos por eles e agora será feito um termo de doação para o município”, disse Arisi. “Essas empresas foram fundamentais”, afirmou.
Perguntado sobre a responsabilidade do estado, que deveria prover o aeroporto de Alta Floresta das condições ideais de funcionamento, ele disse que não é pensamento do município querer compensação do estado, mas que já está sendo feito um trabalho no sentido de Alta Floresta voltar a administrar o aeroporto. “O aeroporto vai ficar de responsabilidade do município, já que nós temos que arcar com todas as despesas relativas ao aeroporto, nós queremos então, definitivamente, ter o aeroporto sob o nosso domínio, que daí sim a gente pode fazer todos os procedimentos e já se precaver a todos os quesitos para que o aeroporto não passe mais por estas suspensões”, disse Arisi, que não dispensou os apoios dos governos federal e estadual, uma vez que o aeroporto de Alta Floresta é importante para a aviação nacional.
O secretário afirmou que a administração já está trabalhando no sentido de implantar o equipamento de raio x no aeroporto, outra exigência da Anac que, apesar de não estar sendo cobrado no momento, mas é um dos itens que em breve deve ser levado em consideração, e uma esteira. “Tudo o que for relativo á ampliação de voos a gente vai começar a providenciar para que não deixe acontecer problemas, vamos antecipar os problemas”, afirmou.