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Empresário e servidores de prefeitura são indiciados por desvio de dinheiro

Os trabalhos de investigação da operação “Minerva”, da Polícia Civil, resultaram no indiciamento de dois ex-servidores da Prefeitura de Campo Novo dos Parecis e de um empresário, por desvio de parte do dinheiro da obra de construção de uma creche. Ainda nesta semana o inquérito será encaminhado à Justiça.

As investigações, conduzidas pelo delegado Luiz Henrique Damasceno, tiveram início há mais de 10 meses, após o recebimento de denúncia. Consta que o empresário Bartolomeu Alonso de Arruda, dono da Beta Empreendimentos, Construções e Serviços LTDA, foi indiciado por corrupção ativa e o ex-secretário de Infraestrutura de Campo Novos do Parecis, José Carlos de Musis e sua assessora, Marisa da Silva Thomas, por corrupção passiva. Estes últimos teriam recebidos juntos R$ 80 mil. O inquérito foi o terceiro envolvendo o ex-secretário e o segundo com a assessora, todos relacionados a obras públicas.

Comprovou-se nas investigações que ocorreram três repasses aos servidores públicos, todos efetuados pelo dono da construtora. Conforme o delegado, um depósito de R$ 30 mil foi feito na conta da empresa Templo Locadora, de propriedade do irmão do então secretário. Outro depósito de R$ 25 mil entrou na conta corrente da assessora e um terceiro pagamento de R$ 25 mil, feito no ano de 2012, durante o período eleitoral.

A construção da unidade escolar tinha custo previsto de R$ 902.014, 26 mil e para encobrir o desvio da verba, os servidores em comum acordo com empresário desviaram materiais comprados pela Prefeitura destinados a outras obras no município, para a construção da creche, que devia ser toda executada com o recurso do Governo Federal e do município, pela construtora Beta Empreendimento, ganhadora da licitação.

“Os materiais não foram usados para os fins devidos e foram entregues na obra, que até agora não foi finalizada. O empresário deveria arcar com tudo e não usar material da Prefeitura como forma de justificar o repasse indevido”, disse o delegado. Durante as investigações, a obra foi paralisada.

Consta que em depoimento, a assessora confirmou que recebeu o dinheiro a mando do secretário e que usou parte do valor para pagar um produtor de evento. Segundo ela, a mesma não teria ficado com nenhuma parte dos R$ 25 mil depositados em sua conta bancária. Porém, as investigações da PC confirmam que no decorrer de dois anos ela teve R$ 240 mil movimentados na conta, não incluindo o valor referente ao salario de servidora.

Segundo o empresário, que confirmou os depósitos, o recebimento dos materiais de construção foram na forma de empréstimo. O ex-secretário, por sua vez, negou os fatos e declarou não ter nenhum tipo de relacionamento com o dono da construtora.

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