O deputado Romoaldo Junior participou da cerimônia de entrega dos termos para lavratura das escrituras dos moradores do Jardim das Oliveiras e relembrou as dificuldades que foram impostas para os moradores na época. Um grupo de moradores, sem teto, entraram em uma área que pertencia à Colonizadora Indeco e estavam em vias de ser expulsos pela polícia através de ações de reintegração de posse da colonizadora. Romoaldo então negociou com a colonizadora a permanência das famílias e o loteamento foi lançado. “Fiz uma negociação com a colonizadora, evitando o despejo e lançando o bairro, cortamos as ruas e assentamos as pessoas aqui. Se demorou 10 anos para legalizar este bairro, mas hoje chegou o ultimo ato, ou seja a entrega da autorização de escritura, reconhecendo a legalidade das pessoas que moram aqui em cima”, disse Romoaldo.
O deputado fez questão de mostrar um número que justifica a decisão de criar o loteamento há 10 anos atrás. 90% das famílias que foram beneficiadas com a doação dos terrenos, construíram e muitas continuam morando no bairro. “Pra você ver a deficiência de moradias que tinha época, muita gente na época criticou esse programa meu dizendo que eu estava acabando com as áreas verdes, não, eu estava acabando com a situação de pessoas que não tinha onde morar”, alfinetou.
Ameaças – O secretário das cidades, Valdinei Trujilo, afirmou que, na parte da tarde desta segunda-feira, teria sido procurado por um advogado que “ameaçou” o ato caso ocorresse a concentração de pessoas, afirmando que a justiça poderia interromper a entrega dos títulos. O presidente da Assembleia Legislativa, que deve concorrer à reeleição no próximo pleito seria o principal prejudicado e, pra evitar um imbróglio jurídico, decidiu não participar da entrega dos títulos. “Mas eu não poderia deixar de passar aqui, abraçar a população, principalmente, testemunhar, dando a minha palavra de como foi o início e a luta disso aqui”, justificou.
A vereadora Elisa Gomes, que esteve presente antes do início das atividades, foi alvo de várias criticas por ter sido contra na Câmara de Vereadores, a legalização do terreno. “Tem pessoas que não fizeram nada, tem vereadores que votaram contra a legalização do bairro e hoje querem ser o paladino da justiça, a eleição não começou, ela só começa depois da convenção e depois da convenção nós vamos mostrar pra cidade quem fez, quem construiu e quem lutou pelas pessoas mais carentes desta cidade e quem foi contra”, finalizou Romoaldo.