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Pecuária sustentável ganha força com pós-graduação em Alta Floresta

boi gordoDifundir e promover a adoção das boas práticas na pecuária como base técnica para o desenvolvimento sustentável da bovinocultura de corte, através de uma assistência técnica com visão sistêmica e integrada do processo produtivo. Esses são os objetivos do projeto Núcleo de Assistência Técnica Integrada (NATI), realizado em Alta Floresta (MT), pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e parceiros. Uma das atividades previstas neste projeto teve início nesta semana: um curso de pós-graduação Latu-Sensu, focado nas boas práticas pecuárias para o gado de corte.

A especialização envolve 35 pessoas de três municípios do estado (Alta Floresta, Paranaíta e Cotriguaçue inclui aulas teóricas e práticas. O objetivo do curso é formar um grupo de profissionais de assistência técnica e extensão rural para levar aos pecuaristas informações que fomentem o desenvolvimento de uma pecuária mais produtiva e com menos impacto ao meio ambiente. “Nós queremos que esse grupo consiga passar ao produtor essa visão integrada e sistêmica da propriedade, onde cada elemento, homem, gado, pastagem, floresta e água, tenham seu papel e importância reconhecidos no processo de produção”, disse Vando Telles, coordenador da Iniciativa Pecuária Integrada do ICV, durante abertura do curso na última quarta-feira (19).

O curso, desenvolvido entre março de 2014 e agosto de 2015, será conduzido pela Rehagro, uma instituição de ensino que atua neste segmento com reconhecimento do Ministério da Educação. A parceria com o ICV traz um grande diferencial que é a oportunidade de aplicação prática do conhecimento adquirido pelos pós-graduandos durante o curso. Para isso, o ICV colocou à disposição a equipe da Iniciativa que irá acompanhar as atividades desenvolvidas nas propriedades onde já estão sendo aplicadas as boas práticas, além de todo o apoio logístico.

O grupo de pós-graduandos têm formações diversas: administradores, zootecnistas, engenheiros agrônomos e florestais. Nesta turma está Francisco Francioli Pedroso, médico veterinário, morador de Alta Floresta há 13 anos. Ele disse que o interesse pela capacitação vem da oportunidade de poder prestar um serviço diferenciado aos pecuaristas. O mesmo objetivo foi demonstrado por Dino Antonio Pauli, de Cotriguaçu. “Estou aqui para adquirir novos conhecimentos e poder levar isso aos pecuaristas da região”, declarou o engenheiro agrônomo que trabalha numa empresa que presta assistência técnica para acesso a crédito rural.

“O ICV entende que incentivar a adoção das boas práticas na pecuária pode refletir diretamente em uma atividade economicamente viável e socioambientalmente adequada”, disse Eduardo de Azevedo Sodré Florence, coordenador do projeto Pecuária Integrada de Baixo Carbono, do ICV, desenvolvido em Alta Floresta desde 2012.

O trabalho envolvendo a cadeia da pecuária desenvolvido pelo ICV conta com o apoio do Fundo Vale, da Fundação Moore e do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS). Também são parceiros dessa iniciativa, a Embrapa Agrossilvipastoril, os sindicatos rurais de Alta Floresta e de Cotriguaçu, prefeitura de Alta Floresta e a JBS.

Por: Daniela Torezzan (ICV)

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