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Audiência pública vai discutir os impactos da Usina Hidrelétrica Teles Pires

O município de Alta Floresta promove na noite desta sexta-feira, 06, a partir das 19h30min nas dependências da Câmara Municipal no Plenário Arnaldo Corcino da Rocha, uma Audiência Pública para discutir os impactos sociais causados pela Usina Hidrelétrica Teles Pires. Segundo a administração municipal, estes impactos são provenientes do alto índice de migração populacional que a Usina Hidrelétrica Teles Pires ocasionou em Alta Floresta,
Os impactos socioeconômicos causados são grandes e, por este motivo, tanto o município de Paranaíta como também Alta Floresta, decretaram situação de emergência após detectarem diversas dificuldades.

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Nos dois municípios, a população aumentou significativamente, mas os repasses do Governo Federal ficaram estagnados, e as prefeituras são obrigadas a manter todos os atendimentos seja na área da educação, saúde, entre outras.
Na visão do presidente do legislativo de Alta Floresta, vereador Emerson Machado (PMDB), a usina está sendo omissa com relação à contrapartida em obras de compensação. Ele lembra que no início da obra teve um acordo firmado em que certa quantia vinha para Paranaíta e outra para Alta Floresta, e a UHTP está mudando as regras do jogo no meio da partida, e os municípios estão pagando as contas sozinhos. “Na verdade o acordo foi quebrado, a gente tá vendo que a obra está terminando, a usina daqui a alguns meses vai mandar a maioria dos funcionários embora, mas não está cumprindo o acordo de fazer nas obras de compensações. Estão mudando a regra do jogo e nós não podemos aceitar”, afirma Emerson Machado.
“É claro que para a usina quanto menos eles investirem nestas cidades, mais vai sobrar para a usina, só que devemos nos perguntar: e o impacto que estamos sofrendo?”, emendou.
Conforme o presidente do Legislativo, os impactos são visíveis em todos os setores. “Hoje mesmo conversei com secretário de Obras (Luiz Carlos), ele disse que a equipe da prefeitura fez toda a limpeza da Rodoviária, mas menos de duas horas depois estava totalmente suja novamente”, disse, citando que esta situação acontece porque os funcionários da usina ficam nas proximidades do Terminal Rodoviário para pegar os ônibus que vão para o canteiro de obras, jogam o lixo por todos os lados e quem banca a limpeza é o poder público. Outra situação é relacionada às vagas nas creches em Alta Floresta que aumentaram absurdamente.  Emerson Machado cita que somente este ano, a prefeitura conseguiu abrir 151 vagas nas creches, mas esta quantidade de vagas custa para o município cerca de R$ 99 mil por mês, o que durante um ano passa de R$ 1 milhão. “Mas atualmente ainda há mais de 600 crianças esperando por uma vaga, se a prefeitura abrir mais vagas, construir mais creches, contratar professores e deixar tudo funcionando para atender este déficit, tranquilamente passa de R$ 6 milhões por ano, isso é impacto”, enfatiza o presidente da Câmara, frisando que o município de Alta Floresta teve um aumento de cerca de 20 mil habitantes, e isso não está sendo reconhecido também pelo Governo Federal.
Para o vice-presidente da Câmara, vereador Lau da Rodovária, a participação da população nesta audiência é importante, porque a audiência também servirá como uma linha direta para pressionar as autoridades a fazer os investimentos necessários. “Todos nós sabemos que esta usina vai atender milhões de brasileiros, também queremos pressionar o Governo do Estado, para cobrar o Governo Federal para que faça os investimentos necessários porque vai ter mais usinas na nossa região”, disse Lau, convocando todas as entidades para estar presente hoje a noite na audiência publica.

 

Alex Cordeiro

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