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Obra de Usina Teles Pires em MT deve parar por falta de estudo indígena

Emboque _ EC01 - Em andamento a concretagem de 2º estágio nas guias das comportasMais uma vez, as obras de construção da Usina Hidrelétrica de Teles Pires, localizada na divisa de Mato Grosso com o Pará, foram suspensas pela Justiça. Isso porque a Companhia Hidrelétrica Teles Pires e a Empresa de Pesquisa Energética tiveram recursos negados pelo Tribunal Regional da 1ª Região (TRF1), em Brasília. Em caso de descumprimento, a empreiteira poderá pagar multa diária de R$ 500 mil. A decisão foi proferida na quarta-feira (9).
A assessoria da empresa responsável pela obra informou ao G1, nesta sexta-feira (11), que ainda não definiu o posicionamento a ser adotado em relação à decisão.
A ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) na Justiça Federal de Mato Grosso pediu a suspensão do licenciamento ambiental e das obras de execução com o argumento de que população indígena da região não teria sido adequadamente ouvida. De acordo com o MPF, a empresa também não cumpriu os requisitos exigidos para a execução da obra, bem como alegou que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tivesse copiado os estudos de outras duas hidrelétricas no mesmo rio.
Porém, ainda não está definida qual decisão será válida, já que, no mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a retomada da obra após rever decisão do TRF-1, que suspendeu o licenciamento ambiental e as obras de execução do empreendimento.
O estudo apresentado pela responsável pela obra não considera um dos mais graves impactos da usina de Teles Pires, que é a destruição das Sete Quedas, corredeiras que têm valor religioso e simbólico para os índios Munduruku e Kayabi e já estão sendo detonadas pelas explosões da obra, como argumenta o MPF.

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