A Gerência de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, e a Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, do Estado do Pará, prenderam nesta sexta-feira (20.09), o líder do núcleo de resgate da quadrilha que roubou três agências bancárias e os Correios, no dia 9 de setembro, em Vila Rica. A prisão também teve o apoio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Tocantins.
O suspeito Francisco Anterio Filho, 60, teve mandado de prisão preventiva cumprido, na cidade de Conceição do Araguaia, no Sul do Pará. Na cidade os policiais cumpriram também dois mandados de busca e apreensão, mas não houve apreensão, segundo a assessoria da PJC.
O delgado Flavio Stringueta informou que Francisco Anterio esteve na cidade de Vila Rica dias antes e no dia do roubo as agências bancárias, dando apoio logístico à fuga da quadrilha. “Ele mantinha contato com muitos integrantes da quadrilha, mesmo na mata”, afirmou Flávio Stringueta.
Conforme o delegado, o preso articulava dar fuga a quadrilha utilizando barcos, veículos e até aeronaves. “Acreditamos que a quadrilha ainda esteja refugiada na mata. Mas eventuais informações de criminosos fora das matas também estão sendo averiguadas por nós [GCCO e o GOE] e o Bope continua o cerco na região”, explicou Flávio.
Na última segunda-feira (16.09), dois dos criminosos foram mortos em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar e um foi preso pelas equipes do GCCO e GOE, que estão na localidade desde o dia do assalto. O confronto ocorreu em uma região de mata, na divisa de Mato Grosso com o estado Pará, localidade onde também foi preso Bruno da Silva Aguiar, oriundo do Pará, autuado em flagrante nos crimes de roubo qualificado com uso de arma de fogo de uso restrito, concurso de pessoas e organização criminosa.
Os dois criminosos mortos estavam com identidades falsas em nome Antônio de Oliveira, 47 anos, e Cássio Almeida de Souza, 28 anos. A Polícia Civil confirmou que Antônio de Oliveira é na verdade Antônio Moura, conhecido por “Nego Véi”, líder de quadrilha de roubos a bancos que atuou nos estados do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, também considerado um dos criadores da modalidade “Novo Cangaço”, que começou na década de 90, no Nordeste brasileiro.
Para Flávio Stringueta a quadrilha liderada por Antonio Moura é composta por pelo menos 15 assaltantes. “Trabalhamos com um número de 15 alvos. O criminoso atuava sempre com membros da própria família e pessoas de sua confiança”, finalizou o delegado.