Os professores da rede estadual de ensino de Alta Floresta se reuniram na tarde desta quinta-feira assembléia nas dependências da escola Furlani e decidiram manter a greve por tempo indeterminado, seguindo o que havia sido determinado em Cuiabá. No decorrer desta semana, o Sindicato da categoria, o Sintep recebeu notificação oficial de que a greve é “abusiva”, mesmo assim os professores não recuaram.
Ilmarli Teixeira, diretora regional do Sintep que esteve em Cuiabá numa assembléia geral da categoria com o governador Silval Barbosa repassou todas as informações aos professores de Alta Floresta e disse ser lamentável a postura dos deputados que mesmo vendo as manifestações em Cuiabá não se manifestam favorável aos trabalhadores da educação. Ilmarli afirmou que todos os dados de receitas apontam a viabilidade para a greve ser superada, porém, segundo ela, está faltando vontade política.
“Ficamos muito tristes em sabermos que deputados, senadores e governador eleitos por essa categoria também, hoje menospreza essa categoria,dizendo que não existe condições de viabilizar a nossa pauta de reivindicação”, lamentou a sindicalista.
Ilmarli Teixeira disse que os deputados têm conhecimento de que a Constituição do Estado de Mato Grosso no seu artigo 245 destina 35% dos recursos pra educação. Ela revela que se a própria constituição determina que o Estado precisa destinar 35% dos recursos para a educação, não tinha porque o governo, procurar a justiça para decretar a greve ilegal. “Ilegal é o governo de Mato Grosso que não aplica os recursos da educação na própria educação. Ilegal e abusivo, é o governo do que não oferece uma educação publica e de qualidade. Abusivo e ilegal é o tratamento que a Assembléia Legislativa de Mato Grosso tem dado aos trabalhadores da educação, porque esses deputados eleitos, eles são para fiscalizar mas ao mesmo tempo tem autonomia de fazer os projetos de Lei e fazer com que eles sejam votados”, apontou.
A diretora do Sintep disse que ainda que o governador Silval Barbosa não honra o que fala, pois ao mesmo tempo que promete resolver os problemas volta atrás e deixa tudo do mesmo jeito sem dar uma satisfação concreta aos professores. “Para nós hoje, é um governo traidor da educação”, disse, afirmando que a categoria retornará as atividades em sala de aula quando o governado Silval Barbosa fizer e enviar uma proposta que de fato atenda as reivindicações. “Recursos têm. O que acontece são os desvios de finalidades, pessoas na folha da educação que não são trabalhadores da educação, que acumulam salário que variam de R$ 13 a R$26 mil reais”, denunciou.
Da Redação