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Trabalhador denuncia supostas irregularidades em acampamento da Conserva

O trabalhador Anderson Fernandes, 33 anos, morador de Ituiutaba, Minas Gerais, denunciou a empresa Conserva responsável pela pavimentação da MT-206, por supostas irregularidades que teriam sido encontradas no acampamento na cidade de Paranaíta.

Anderson Fernandes veio para a região em busca de emprego atraído pelo crescimento gerado após a instalação da usina hidrelétrica teles pires em Paranaíta.

FOTO - TV CIDADE 2

Para o trabalhador, a vinda para a região foi uma grande ilusão, pois tudo aconteceu bem diferente daquilo que era planejado por ele. Anderson disse que recebeu a informação de um amigo que as empresas que estão na região continuam contratando pessoas para trabalhar.  O pai de dois filhos, um de 14 e outro de 4 anos, não pensou duas vezes e veio para a região, porém o que ele não esperava era que as coisas acontecem de forma tão errada.

Ele relata que logo quando chegou conseguiu se encaixar na empreiteira Conserva, mas ao chegar no alojamento com toda documentação solicita em mãos, se deparou com algumas situações que ele não era compatível, quando foi falar com o encarregado de obras sobre os acontecimentos, acabou sendo dispensado antes mesmo de assinar o contrato de serviço.

Segundo ele, os produtos básicos do dia-a-dia, como sabonete, shampoo, pasta de dente, lençol de cama, eram vendidos no alojamento. Além disso, Anderson reclama que não havia ventiladores nos quartos e quem quisesse teria que comprar o aparelho daquelas pessoas estão saindo da obra.

Ele denuncia até mesmo o uso de drogas no alojamento, e confessa que por já ter sido usuário no passado, não queria ficar perto, para não correr o risco de ter uma recaída.

“Falei com o encarregado da obra, e mesmo tendo apresentado todos os exames solicitados para entrar no serviço, eles me dispensaram, antes de eu assinar o contrato, alegando que era por causa das denúncias que tinha feito”, relata.

Após ser dispensado, e sem ter para onde ir, Anderson se obrigou a sair do alojamento e veio para Alta Floresta, mas sem ter nenhum conhecido na cidade acabou passando fome porque não tinha dinheiro e, debilitado procurou o Hospital Regional, onde precisou ser medicado. Ele conta que passou a noite da unidade de saúde, e quando saiu não sabia o que fazer da vida, pois não tinha dinheiro.

Até ontem, Anderson não tinha expectativa de como iria fazer para voltar para casa.  “Vim para cá com o intuito de ganhar dinheiro, porque tenho filhos, tem a minha mãe que eu cuido, tenho muito despesas, não achava que isso poderia acontecer comigo”, disse ele, “sou correto com minhas coisas, fui errado no passado, mas agora não sou”, disse, afirmando que sua documentação de  antecedente criminal foi retirada  na Polícia Federal.

Anderson afirma que chegou a procurar o encarregado de obras da empresa Conserva novamente para que lhe arrumasse uma passagem de volta para casa, porém não teve o pedido atendido.  “Ele dizia que ia resolver, mas não resolvia, eu sai fora, a gente não precisa ser humilhado deste tanto não, eu vim pra trabalhar para sustentar minha família, não para passar por isso”.

O trabalhador disse que registrou um boletim de ocorrência na Policia Civil sobre o acontecido, e também procurou o Ministério do Trabalho e a Promotoria de Justiça.

Alex Cordeiro

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