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Nos pênaltis, Atlético-MG bate Olímpia e leva Libertadores pela 1ª vez

FBL-LIBERTADORES-OLIMPIA-ATMINEIRO-FIRST LEG-FINAL​Com a superação que marcou a equipe na fase final, a força de mais de 60 mil torcedores e muita emoção, o Atlético-MG conquistou, na noite desta quarta-feira, seu primeiro título da Copa Libertadores. Derrotado no jogo de ida, o time fez 2 a 0 no tempo normal e passou pela prorrogação antes de, nos pênaltis, levar a melhor. Com vitória por 3 a 2, quebrou o jejum e levou o título continental.

Com o feito, o Atlético-MG quebra um jejum de conquistas de alta relevância que durava 42 anos – a última havia sido o Brasileiro de 1971. O time conquistou a Copa Conmebol em 1992 e 1997, mas sequer havia chegado a uma decisão de Copa Libertadores. Além disso, quebra também a pecha de “vice” que o técnico Cuca carrega há alguns anos, por conta dos títulos perdidos – com o clube alvinegro, por exemplo, foi 2º colocado na última edição do Brasileiro.

A vitória impede que o Olimpia amplie sua força continental. O time paraguaio soma três títulos, conquistados em 1979, 1990 e 2002. Depois de vencer por 2 a 0 no Estádio Defensores del Chaco, esteve próximo de confirmar o tetra – uma derrota por 1 a 0 seria suficiente -, mas teve Manzur expulso no final do jogo, levou o segundo gol de Leonardo Silva e sofreu para passar pela prorrogação. Nos pênaltis, não resistiu e acabou derrotado por 3 a 2.

O Atlético-MG entrou em campo precisando repetir o feito da semifinal, contra o Newell’s Old Boys, e vencer por três gols de diferença – dois para levar aos pênaltis, como de fato ocorreu. Diante dos argentinos, fez gol logo no começo do jogo. O Olimpia veio preparado, no entanto, e soube conter os avanços da equipe, que teve no primeiro tempo presença tímida de um de seus principais jogadores: Ronaldinho.

A primeira chance, logo aos 2min, animou a torcida: um chute cruzado e rasteiro dado por Diego Tardelli pela direita, mas fora do alcance de Jô e Bernard. Aos 9min, Ronaldinho chutou forte de fora da área, e Martín Silva espalmou. E foram essas as oportunidades mais claras. Sem conseguir se encontrar, o Atlético-MG ainda se viu à mercê dos contra-ataques perigosos do Olimpia, que assustou o torcedor no Mineirão.

Aos 14min, por exemplo, Salgueiro lançou Bareiro, que correu entre a zaga e invadiu a área, mas bateu mal, rasteiro e fácil para a defesa de Victor. Aos 33min, Silva recebeu na ponta esquerda, limpou a marcação de Leonardo Silva e bateu cruzado, mas mais uma vez o goleiro brasileiro foi bem. O primeiro tempo terminou com gritos de “eu acredito”, mesmo com a dificuldade que o Atlético-MG teve para criar e ameaçar.

No segundo tempo, essa postura mudou. Isso porque, ainda no primeiro minuto, Jô aproveitou falha de Pittoni, que “furou” ao tentar cortar cruzamento de Rosinei, para chutar rasteiro e forte, abrindo o placar. O gol incendiou o Mineirão. Pouco depois, aos 3min, Jô recebeu passe em cobrança de lateral pela esquerda da área, tirou a marcação e cruzou para Tardelli com o goleiro já vencido, mas a zaga afastou de cabeça. A pressão seguiu, desta vez sem dar brechas ao visitante.

Aos 15min, Michel cruzou da esquerda e Leonardo Silva cabeceou, mas a bola tocou o travessão e passou longe do alcance de Diego Tardelli. Aos 19min, Jô achou Junior Cesar livre na esquerda; ele invadiu a área em velocidade, mas chutou fraco, e Martín defendeu. Cinco minutos depois, Ronaldinho cobrou falta de longe e Leonardo Silva desviou, mas Martín salvou mais uma vez.

A partida no Mineirão teve momentos pouco críveis nos dramáticos minutos finais. Primeiro aos 33min, quando Ronaldinho bateu da entrada da área, Martín Silva fez excelente defesa e, com o gol aberto, Diego Tardelli chutou por cima – enquanto isso, o assistente anotava posição de impedimento. Depois, aos 37min, Ferreyra recebeu passe em profundidade e viu Victor sair da área e errar o corte; com o gol vazio, escorreu ao tentar dominar para matar o jogo.

Aos 39min, Manzur se jogou na frente de Alessandro, que tentava dar um chapéu em alta velocidade, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. O Atlético-MG foi ainda mais para cima e finalmente chegou ao gol. Aos 41min, Leonardo Silva mais uma vez foi mais alto que os adversários em um cruzamento – desta vez dado por Bernard – e tocou no contrapé do goleiro Martín Silva para fazer o gol que levou a partida para a prorrogação.

Na prorrogação, o Atlético-MG foi ainda mais incisivo no ataque e quase não permitiu ao Olimpia cruzar a linha do meio-campo. Aos 8min, Réver subiu em cobrança de escanteio e cabeceou para mandar a bola no travessão. No lance seguinte, Guilherme tentou cruzar pela direita e quase fez por cobertura, mas Martín Silva espalmou, confirmando sua grande atuação no Mineirão.

No segundo tempo, as chances claras apareceram menos, embora a pressão tenha sido igual. Por outro lado, o Atlético-MG levou um grande susto. Aos 9min, Leonardo Silva fez falta na entrada da área. Pittoni, autor do segundo gol no jogo de ida justamente em uma cobrança, mandou a bola rente à trave direita de Victor. O anfitrião tentou evitar, mas novamente levou a decisão para as penalidades.

Na decisão, Victor pegou um pênalti e viu Giménez desperdiçar a quinta cobrança, dando vitória por 4 a 3. Todos os batedores do Atlético-MG converteram suas tentativas: Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva. Pelo Olimpia, Miranda errou logo de cara: cobrou rasteiro no meio do gol, e Victor pegou com o pé. Ferreyra, Candia e Aranda converteram, mas Giménez chutou na trave direita do goleiro brasileiro para concretizar a primeira conquista de Libertadores do Atlético-MG.

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