O Brasil venceu o Uruguai por 2×1 e conseguiu o avanço à final da Copa das Confederações. No entanto, o triunfo veio sem brilho e expôs muitos problemas e falhas da seleção – algumas já conhecidas e antigas -, pontos que deixaram ainda mais claro que o escrete canarinho não é favorito na final do evento-teste, principalmente se o adversário for a seleção espanhola. Todos esses fatores fizeram a imprensa estrangeira afirmar que o Brasil tem um time superestimado, abaixo da tradição do futebol no País, e que o jogo apresentado pela seleção não tem classe, muito menos elegância.
O comentarista Alan Hansen e o lendário ex-jogador Gary Lineker fizeram críticas ainda mais pesadas. “O Brasil está muito aquém da classe e da elegância, com muitos jogadores superestimados. O único que não é superestimado é Neymar”, opinou Hansen. “Hulk! Bernard! Fred! O que aconteceu com os nomes glamourosos do futebol brasileiro?”, analisou Lineker.
Já na Espanha, o foco, como esperado, foi Neymar, novo reforço do Barcelona. O ‘Mundo Deportivo’, da Catalunha, exaltou a apagada atuação do camisa 10. “O Brasil joga apenas nos lampejos de Neymar”. Já o ‘Guardian’, da Inglaterra, ironizou o ex-santista que, de fato, caiu demais. “Neymar está sendo substituído e a grande questão é: ele pode ir do meio-campo à lateral sem cair? Sim, conseguiu, é um herói”.
O ‘Guardian’ também comentou a atuação de Thiago Silva, um dos melhores zagueiros do mundo que, no jogo contra a Celeste Olímpica, falhou no lance do gol uruguaio. “Thiago Silva teve um jogo estranhamente horrível”.
Na Itália, o ‘Corriere dello Sport’, além da “vitória brasileira sem brilho”, destacou Bernard. “Scolari foi inteligente em apostar em Bernard, ídolo local do Atlético Mineiro, que entrou bem na partida”. A joia atleticana e a opção do treinador brasileiro também foram elogiados por Ben Smith, comentarista da ‘BBC’. “Inteligente a escolha de Scolari. Ao invés de favorecer Lucas, como de costume, mandou a campo Bernard e levantou de uma só vez a torcida e o jogador”.