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Cadeia deixa lobista esquelético e prisão domiciliar é concedida

O empresário Andreson Gonçalves de Oliveira, apontado como lobista de um esquema de compra de decisões judiciais em Mato Grosso, já se encontra em prisão domiciliar em Primavera do Leste (231 km a leste de Cuiabá). As imagens divulgadas do seu exame após a decisão mostra Andreson praticamente esquelético.

A flexibilização da prisão ocorreu por risco de vida do lobista, que perdeu mais de 30 quilos desde foi preso em novembro do ano passado.

Andreson é paciente bariátrico e necessita de alimentação especial. A defesa do lobista estava tentando a concessão da prisão domiciliar desde janeiro deste ano.

Enquanto esteve preso no Estado, o juiz Geraldo Fidelis chegou a autorizar a entrada de alimentos como carne assada, chocolate meio amargo, barrinhas de cereais e isotônicos, já que a penitenciária do Estado alegou que não tinha condições de fornecer uma dieta especial para ele.

Na época, o magistrado foi alvo de críticas da opinião pública. Diante disso, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a pedir que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abrisse uma investigação contra Fidelis por conta de decisão, que segundo Zanin, desrespeitava a Corte Suprema, já que o inquérito estava sob sua responsabilidade.

A reclamação contra Fidelis está em fase de análise para julgamento para uma possível abertura de processo administrativo disciplinar (PAD).

Na época, Fidelis havia identificado que Andreson teria perdido mais de 9 quilos e o relatório da Vigilância Sanitária, apontava que a água do presídio Ahamenon em Várzea Grande, onde o lobista estava, está contaminada com coliforme fecal.

Andreson apareceu em conversas no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023. A PF aponta que os dois atuavam em um esquema de compra de decisões judiciais no Estado.

Zampieri ficava com a missão de captar clientes e Andreson usava sua influência em rede de contatos em Brasília para conseguir tais decisões favoráveis.

As negociações envolviam pagamentos, além de desembargadores afastados de Mato Grosso, para assessores de 4 gabinetes de ministros do STJ: Isabel Gallotti, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro. Em troca, recebiam rascunhos de decisões antecipadas e favoráveis para os seus clientes.


Pablo Rodrigo
Gazeta Digital

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