A Polícia Federal de Goiânia deflagrou hoje a Operação RedeX, com objetivo de coibir fraudes da obtenção e recebimento do Seguro-Desemprego, que é um benefício pago pelo Governo Federal que tem a finalidade de garantir assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente. São cumpridos 7 mandados de prisões preventivas, um mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá, Sinop, Jataí (GO), Macapá (AP), Parauapebas (PA), Redenção (PA) e São Luís (MA).
As investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que a área de inteligência trabalhista do Ministério do Trabalho e Emprego identificou a liberação irregular de inúmeros benefícios do seguro-desemprego, com a participação de servidores públicos e pessoas localizadas em diversas Unidades da Federação.
Segundo a PF, O modo de agir do grupo criminoso consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de vantagens indevidas (“propina”), para que esses agentes públicos inserissem informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego ou emprestassem suas senhas para que outras pessoas o fizessem. A partir daí, parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a interpostas pessoas (“laranjas”), que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso.
Durante a investigação, foram confirmados até o momento 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, acarretando um prejuízo de R$ 11,9 milhões aos cofres públicos. Estima-se que o prejuízo evitado, com a neutralização da atividade criminosa, seja de mais 7,2 milhões de reais.
Os crimes sob apuração são os de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).
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