O presidente Jair Bolsonaro admitiu na manhã desta segunda-feira a apoiadores a “dificuldade” de aprovar na Câmara dos Deputados o projeto para que o ICMS que incide sobre os combustíveis tenha um valor fixo nos Estados.
A proposta, que foi enviada pelo governo federal ao Congresso no mês passado, está na pauta de votações do plenário da Câmara desta semana.
Questionado por um simpatizante que se disse caminhoneiro autônomo e queria apresentar uma lista de seis itens da categoria que estaria na “UTI”, Bolsonaro disse que o “maior problema de vocês é o preço dos combustíveis”.
“Deve ser votado esta semana, não sei se vai ser aprovado ou não, um projeto de lei complementar para regulamentar uma emenda constitucional de 2001 onde diz que o ICMS tem que ter um valor fixo nominal, real, no Brasil todo”, afirmou.
“Está com dificuldade de aprovar, depois nós negociamos com o Arthur Lira, o presidente (da Câmara), que tem ajudado a gente nessas causas aí. Para a gente deixar que cada Estado decida nominalmente –não percentual– o valor do diesel, gasolina e álcool”, emendou ele, em transmissão por um canal de uma rede social direto do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que se aprovar a proposta “a gente resolve a questão do combustível”.
O simpatizante tentou questionar o presidente a respeito da adoção de um piso mínimo para o frete dos caminhoneiros, mas Bolsonaro encerrou o assunto. “Agora eu não vou discutir, é muita coisa para discutir”, finalizou.
Ricardo Brito – Reuters