O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta 5ª feira (27.mai.2021) que o auxílio emergencial pode ser renovado caso a pandemia não ceda e a vacinação não avance até o fim de julho. A prorrogação por 1 ou 2 meses é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Guedes tem dito que a renovação do auxílio emergencial depende da evolução da pandemia, mas nesta 5ª feira falou abertamente sobre essa possibilidade. “O auxílio é uma arma que nós temos que pode sim ser renovada. Se as mortes continuarem elevadas e a vacina, por alguma razão, não estiver chegando, nós vamos ter que renovar”, afirmou, durante café da manhã com a Coalizão Indústria.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já afirmou que o Congresso Nacional pode votar a renovação do auxílio por 1 ou 2 meses caso seja necessário. Guedes disse, por sua vez, que esta não é a perspectiva do governo neste momento. Ele acredita que a vacinação vai avançar, permitindo a redução das mortes por covid-19, o retorno seguro ao trabalho e a retomada da economia. “Hoje, a expectativa é que está avançando a vacinação, mas vamos observar”, falou o ministro.
O chefe da equipe econômica ainda afirmou que, se for necessário renovar o auxílio emergencial, a medida vai exigir contrapartidas fiscais. Ele citou como exemplo a suspensão dos reajustes salariais dos servidores públicos por mais 1 ano – o congelamento já foi aprovado em 2020, por 2 anos.
“Nós vamos manter nossos princípios. Não vamos perder vidas por falta de dinheiro, mas vamos aumentar a economia de guerra. O protocolo está pronto. Tem uma cláusula de calamidade pública na PEC que foi aprovada”, afirmou Guedes, referindo-se à PEC Emergencial.
A PEC Emergencial liberou R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial em 2021. O auxílio começou a ser pago em abril e tem 4 parcelas previstas, de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, dependendo da formação familiar. A renovação do auxílio vai exigir a ampliação desse orçamento, que ficou fora do teto de gastos.
Marina Barbosa – Poder 360