Por Altair Nery
O balanço apresentado no boletim diário do Ministério da Saúde com a atualização do panorama da pandemia da Covid-19, desta terça-feira (19) registrou o maior número de mortes desde o início da pandemia, 1.179, elevando o total de vítimas fatais para 17.971.
Outro dado que causa (deveria, ao menos) preocupação, é o número de mortes em investigação, que chegou ao maior patamar desde que a divulgação começou a ser feita diariamente, há cerca de um mês.
De acordo com o panorama, há 3.319 mortes registradas no país que são suspeitas de relação com a Covid-19. Pelo procedimento divulgado, estas são as mortes que estão aguardando um resultado laboratorial que confirme que o paciente falecido estava infectado com o novo coronavírus.
Enquanto isso…
O Ministro general irá atender ordens do capitão e vai “liberar a cloroquina”, fazendo o trabalho que dois médicos antecessores não quiseram, ou entenderam que não deveriam fazer.
Eu imaginei a seguinte cena, hipotética, tá gente:
Um avião está em queda livre. No comando um aloprado que não sabe pilotar, chegou ao comando enganando a todos como se fosse o cara da aviação. Claro, o avião está cheio, é um daqueles que carrega, 210 pessoas.
Como parte da equipe do comandante aloprado, há pilotos experientes, que sabem que existem manobras que, se não vão resolver de imediato o problema, pelo menos vão conseguir arremeter, sobrevoar o entorno do aeroporto, até que surja uma solução definitiva.
Um dos pilotos experientes dá a ordem, “arremete, vamos sobrevoar”.
O capitão, em gargalhadas:
– Não, aqui eu é que mando, talkey, mete o pé no freio que o avião para.
WHATTT?
Relutante, o piloto experiente insiste em arremeter.
– Saia daqui, talkey, pega o paraquedas e “pula fora do barco”, diz o aloprado comandante.
Muda o piloto experiente e chega à mesma conclusão, – “tem que arremeter, comandante (o aloprado)”.
– Caia fora do barco você também.
No fundo da cena, um cabra desengonçado, cutucando o nariz para fazer bolinha de caquinha e o aloprado chama.
– Ei, você, você mesmo, sabe mexer nisso aí? Senta aqui e põe o pé no freio dessa gerigonça.
Antes, uma piadinha, claro.
-“Se for da direita, freio, se for da esquerda, ihhh ficou feio, talkey, há há há?
No meio dos passageiros, um terço inicia uma manifestação pelo direito de morrer na queda livre, desafivelam os cintos de segurança e aos gritos eles ovacionam.
MITO, MITO, MITO.
Enquanto isso, esperançosos de que caia em um rio, por exemplo, o que poderia, em tese, diminuir o numero de vítimas, as aeromoças iniciam uma campanha para os ocupantes: #fiquemnaspoltronas
Esta cena é hipotética não traz quaisquer semelhanças com a nossa realidade, será?