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Tiro e Queda, Emerson Machado seria o “novo Nero”?

Sabe quando você tem um dia “terrível”, daqueles
que você preferia que não tivesse acontecido e tem vontade
de por fogo em tudo? Penso que o presidente da
Câmara Emerson Machado tenha tido uma quarta-feira
para riscar do calendário.
Mas como em tempos de globalização, mídias sociais,
rápida propagação de notícias (algumas fakes)
não é simples assim, Machado vai ter que lembrar do
6 de maio de 2020 por alguns anos, especialmente
porque está prestes a ser denunciado por um crime
ambiental, que não foi o “menor problema do dia” para
o edil.
Explico melhor.
Sabe aq uele caminhão que foi “generosamente”
cedido pelo vereador, ao preço (cessão com ônus não
é cessão) de uma “guaribada geral” às custas dos cofres
públicos?
Pois bem, a 1ª Vara de Alta Floresta atendeu ao
Ministério Público do Estado de Mato Grosso em Ação
Civil Pública (ACP) e decretou a suspensão do “Termo
de Cessão de Veículo” firmado entre Machado e município,
sob argumento de lesão ao erário ao utilizar peças
pertencentes ao município, orçadas em aproximadamente
R$ 10 mil, para consertar o caminhão prancha
Mercedes-Benz 1519, de propriedade do parlamentar.
Por causa dessa “benesse” do vereador, ele e o prefeito
Asiel Bezerra tiveram decretados a
indisponibilidade de bens até o valor de R$ 20.970,42
e de R$ 31.455,63, respectivamente.
Contrariando o deputado federal Francisco Everardo
de Oliveira Silva, “pior que tá não fica”, o vereador, ao
chegar ao final do dia resolveu fazer um foguinho para
acalmar os ânimos, talvez. Juntou folhas e lixo doméstico
próximo à sua casa e mandou uma de Nero e
tascou um “foguinho inocente”, que de inocente nada
tem porque afronta a legislação brasileira, a qual o legislador
ou, neste caso, “legislador”, deveria saber se
tratar de crime.
Emerson Machado não teve nenhum controle sobre
entendimento do juiz da primeira Vara de Alta Floresta,
Tiberio de Lucena Batista e bem por isto, viu sua
vida política “pegar fogo” com a obrigação de devolver
dinheiro da “embonecada que deu carango ganhou” da
prefeitura.
Do mesmo modo, apesar de acreditar que se tratava
de “coisa pôca”, o foguinho inocente, não teve controle
do fogo, que atingiu umas madeiras que tinham
no lote lindeiro e, o fogo se3 alastrou.
O crime de Emerson Machado, está tipificado no
Codigo Penal e na Lei Ambiental.
No caso, não se trata de “suposto crime”, porque
ele confessou pelas mídias sociais. Não quero acreditar
que ele tenha sido orientado por sua assessoria a
gravar o tal vídeo, mas verdade é que ele confessou o
crime.
Pelo crime, queimar o lixo, pode pegar até 5 anos
de prisão e ainda pode pagar multa pecuniária.
Não sei se há previsão para isso, mas deveria o
vereador ser responsabilizado também em repor o dinheiro
gasto pelo Corpo de Bombeiros que teve que se
deslocar para evitar tragédia ainda maior, talvez tivesse
que pagar também pelo trabalho fora do horário do
delegado e dos policiais, mas isso já é utopia.
Por fim, e agora mudando de assunto:
Subiu para 22 o número de casos suspeitos do novo
Coronavírus em Alta Floresta, segundo o Boletim da
Secretaria de Saúde. De acordo o boletim
Epidemiológico até o momento a cidade possui 68 notificações,
das quais 20 descartadas, 24 casos excluídos
22 são suspeitos e dois positivos, (um evoluiu para
cura).
Curioso ou não, o numero de casos suspeitos aumenta
justamente após a lei do libera geral, votada pela
Câmara de Vereadores, após proposta de ninguém menos
do que o Emerson Machado. Nesta caso, porém,
todos os vereadores assinaram embaixo. Não serve de
alento para Machado, mas, se esse numero disparar
nesta semana, o presidente autor da lei do libera geral
terá com quem dividir as chamuscas que eventualmente
surgirem.

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