O departamento de jornalismo do Jornal O Diário recebeu nesta semana uma gravação de uma reunião ocorrida no ano passado em que o prefeito Asiel Bezerra apresentava dois projetos para serem levados à Plenário, o da “planta Genérica”, que acabou sendo rejeitado na prefeitura após duas audiências públicas com a comunidade e votação no Plenário e o polemico projeto que previa a revogação da “lei do nepotismo”. Participaram da reunião o o prefeito Asiel Bezerra, o então Secretário de Assuntos estratégicos Reinaldo de Souza e vereadores da bancada de sustentação do prefeito Asiel, dentre os quais, Luis Carlos Queiroz, Charles Miranda, Cidão Boa Nova, Tuti, Mendonça e o presidente da Câmara Emerson Machado.
A gravação a que O Diário teve acesso evidencia a apresentação dos motivos dos dois projetos (Planta Genérica e Lei do Nepotismo) e a necessidade de que o segundo seja uma proposta do Legislativo, pelas especificidades da matéria. No entanto, a discussão tomou um viés de organização política em torno das próximas eleições, com a necessidade de definição do pretenso sucesso do atual prefeito. Em determinado momento, quando parecia que havia um consenso, o presidente da Câmara Emerson Machado pediu a palavra e relatou estar sofrendo as consequências da escolha da Mesa Diretora, “todo mundo sabe o desgaste que deu na Mesa, vim falar com o Lau duas vezes pra não entrar na briga, eu sei Lau que você entrou na briga e isso aí é fato, você pode falar pra mim que não mas eu sei que você entrou na briga pelo Elói, você teve que escolher o seu lado, pedi pra não entrar”, disse, demonstrando estar muito chateado com a disputa que levou ao seu mandato atual como presidente da Casa. “Agora eu fazer um projeto, sendo autor disso pra mim vai ser muito difícil, mas pra tudo tem um jeito, pra tudo tem um jeito, mas vai ter preço”, afirmou em alto e bom tom. Pelo silêncio que se fez na sala é provável que a afirmação do presidente tenha impactado os presentes.
Aparentemente magoado por ter tido adversário na disputa pela mesa, Machado reforçou, “toda ação ela tem uma reação, eu sofri muito nessa mesa, sofri mesmo, eu sofri de não dormir, entendeu, entrou gente grande pelo meio e eu sei o que eu passei, entendeu” e declarou, “se quer o meu apoio o meu voto, não vai ser no 0800”. Aparentemente, o presidente parece ter percebido a gravidade de sua afirmação e logo emendou, “não to aqui pedindo nada não, dinheiro e nada, mas eu quero conversar com o Lau e com a Neia sobre isso, eu quero, se for pra mim fazer um trem desse aí, nós vamos passar por cima de uma lei, derrubar, eu sou parceiro, se for grupo, pra fazer qualquer coisa”.
O Presidente da Câmara está em viagem à Cuiabá e será contactado em seu retorno para falar sobre o assunto. Por Whats App tentamos conversar com ele mas não obtivemos resposta.