Empresas revendedoras de gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás de cozinha -anunciam aumento de pelo menos 20% no preço do produto em setembro. O GLP sofrerá acréscimo em duas frentes, uma decorrente do reajuste da Petrobras, estimado em 15% a partir de 5 de setembro, e outra de 8% a 10% referente a futuros acordos coletivos que serão negociados. O gás de cozinha em Mato Grosso é o mais caro do país, e na última semana foi cotado ao preço médio de R$ 79,42 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).O valor do produto varia de R$ 65 a R$ 105 no Estado, e chegará a R$ 126 com a previsão de reajuste.
A Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg/BR) projeta aumento de 25% no preço. Com base na cotação internacional do GLP, a entidade estima reajuste de 15% pela Petrobras e acréscimo de 10% no preço de compra da revenda aos acordos coletivos, considerando as médias de anos anteriores. Com a soma, a Asmirg estima aumento de R$ 12 no preço. Como Mato Grosso possui um preço mais alto que a média nacional (R$ 69), o consumidor do Estado sentirá um peso maior no bolso.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP (Siregás/MT), Alan Tavares, estima majoração de 20%, com a correção de cerca de 8% a 10% para o acordo coletivo, mais o reajuste da Petrobras, que ele acredita que será menor que os 15% estimados. “A Petrobras também fará o acordo coletivo com seus trabalhadores neste período, então acredito que eles vão segurar o reajuste de preço do produto em virtude disso”. Segundo Tavares, o aumento de preço do GLP chega a 20% este ano e o produto está onerando a renda dos trabalhadores, consumindo mais que 10% do salário mínimo, passando de R$ 100.