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Alta Floresta está na Campanha Nacional contra a Hanseníase

hanseniaseAlta Floresta está entre os 2.290 municípios brasileiros inseridos na Campanha da Hanseníase, Geohelmintíase e Tracoma iniciada aos 10 de agosto e que atenderá 45 mil estabelecimentos de ensino no País.

Em Alta Floresta a campanha que também teve o seu início aos 10 de agosto e vai até 18 de outubro, segundo a coordenadora do Centro de Referência em Hanseníase do município, Camila Domingues, está sendo realizado um trabalho preventivo, nas escolas, com crianças de 5 a 14 anos que são desverminadas com uma dose de albendazol e faz-se o preenchimento de uma ficha de autoimagem, também chamada de cartão espelho, onde a criança é questionada: se ela tem manchas, que tipo de mancha, se é de nascença, há quanto tempo apareceu, qual a característica da mancha e, caso haja alguma suspeita, essa criança passa pelo PSF para que a enfermeira faça uma avaliação, confirmando ou descartando a hanseníase.

“É uma campanha bem bacana. Ano passado detectamos 22 casos de hanseníase em crianças menores de 14 anos”, diz Camila Domingues.

Segundo a coordenadora, para quem a campanha terá como objetivo uma busca ativa de casos novos e tratamento da doença em crianças nessa faixa etária (5 a 14 anos), dados do Centro de Referência em Hanseníase do município apontam 103 casos novos em adultos e sete em crianças, ambos os casos são de pessoas que deram entrada este ano. “No geral temos casos que deram início em 2014 e continuam se tratando”, revela Camila.

A hanseníase é transmitida pelo ar, pela fala, pelo espirro, pela tosse, mas é pelo contato íntimo e prolongado que ela é transmitida de uma pessoa para outra. “O que não quer dizer que hoje eu conversei com uma pessoa ou eu toquei uma pessoa que tem hanseníase, que eu já estou com a doença, não. O contato tem que ser íntimo e prolongado”, afirma Camila, observando também que para adquirir a doença, que não escolhe território ou condições sociais, a imunidade da pessoa tem que estar baixa e que a evolução da doença é bastante lenta, podendo ser adquirida lá atrás e se desenvolver dez, quinze anos depois.

Os sintomas a serem observados são manchas suspeitas, dores no corpo e uma área dormente, sem sensibilidade. “A mancha suspeita pode ser avermelhada, acastanhado ou esbranquiçado, em qualquer parte do corpo, podendo ter perca de pelo ou perca de sensibilidade, ou seja, não sentimos no local da mancha”, esclarece Camila Domingues.

Carlos Alberto de Lima/Assessoria Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Alta Floresta

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