Preocupado com a onda de fechamentos plantas frigoríficas em todo o estado, o presidente do Sintracal – Sindicato dos Trabalhadores das indústrias de carnes e laticínios do Portal da Amazônia, José Evandro Navarro afirmou ter mantido contato com as diretorias do JBS S/A de Colider e de Alta Floresta e teria, segundo o que disse, recebido garantias de que não haverá fechamento destas plantas. “Na última conversa com a diretoria da JBS S/A esta me informou que não tem nenhuma pretensão de paralisar as atividades nos municípios de Alta Floresta e Colider, estou recebendo ligações e vendo a preocupação dos trabalhadores e da sociedade em geral”, afirmou.
Segundo Navarro, a planta da Alta Floresta recebeu neste ano investimentos em torno de 8 milhões de reais em segurança e no setor de produção. A planta de Colider também teve investimentos consideráveis, “por mais que a situação seja preocupante em todo país, Alta Floresta e Colider tem um rebanho capaz de suprir essas plantas bem como o Frialto de Nova Canaã do Norte e Matupá”, afirmou.
Além da conjuntura nacional, que tem afetado a indústria frigorífica no país, uma demanda localizada, em Mato Grosso, também está travando o setor, trata-se do ICMS, que é apontado como um dos mais caros do país. “Aguardamos uma posição do Governador Pedro Taques e da secretaria de fazenda do estado em ajustar as alíquotas de ICMS principalmente no que se refere a venda de gado vivo para outros estados”, afirmou Navarro. “Passa de 40 mil cabeças vendidas vivas aos estados vizinhos por mês, um ajuste nessa alíquota evita que boa parte desses animais vá para abate em outros estados”, explicou.
20 Unidades, sendo sete apenas neste ano, encerraram atividade no estado de Mato Grosso. Uma das principais reivindicações é a equiparação do ICMS de Mato Grosso com o de outros estados. A ultima a fechar suas portas foi a unidade do JBS de Matupá, deixando 300 trabalhadores desempregados.
“A diretoria do sintracal permanece aberta para negociação com as empresas que compõem a base territorial, e toda e qualquer negociação que se inicie será colocada em votação com os trabalhadores, o Sintracal também não cederá nem deixará de cumprir sua missão de preservar os direitos e condições melhores de trabalho, por pressão de algumas empresas que por ventura queiram se aproveitar do momento instável que passa o setor”, explicou o presidente.