O governador Pedro Taques (PDT) afirmou ser favorável à realização de um plebiscito sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), bem como à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades na obra do modal de transporte.
O plebiscito foi proposto pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), após Taques admitir a possibilidade de trocar o VLT pelo Bus Rapid Transport (BRT).
Já a CPI, que irá investigar eventuais desvios de dinheiro e falhas existentes na obra, foi aprovada pelos 24 parlamentares.
Sobre o plebiscito, Taques afirmou que toda consulta popular é válida. No entanto, afirmou que ainda não sabe qual será o posicionamento oficial do Palácio Paiaguás.
“Sou favorável à democracia participativa, à consulta popular. Se vocês buscarem meus projetos no Senado, muitos apresentados têm ideia de fazer com que o cidadão possa apresentar projeto de lei, como está na Constituição, e determinar a urgência da pauta”, disse.
“Sou favorável à democracia participativa, à consulta popular. Mas estamos analisando se o Governo vai apoiar ou não essa medida. Temos que fazer essa análise”
“Mas estamos analisando se o Governo vai apoiar ou não essa medida. Temos que fazer essa análise, respeitando a posição do Emanuel Pinheiro, dos demais deputados, mas estamos analisando isso ainda”, afirmou.
Já sobre a CPI, o governador observou que o último relatório produzido pela Controladoria Geral do Estado sobre as obras do VLT foi encaminhado para os órgãos fiscalizadores.
Segundo ele, as cópias da auditoria foram encaminhadas ao Ministério Público do Estado (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Contas, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Caixa Econômica Federal e Ministério da Fazenda.
“Penso que toda investigação é importante, não para ajudar o Executivo, mas para ajudar a sociedade mato-grossense a desvendar o que efetivamente ocorreu. Aliás, fiz um despacho nesse sentido, para que as autoridades investiguem. Cabe ao Poder Executivo investigar os servidores públicos que porventura tenha cometido algum ilícito. Agora, cabe investigação do Ministério Público às outras autoridades”, afirmou.
“E mesmo com a investigação do Ministério Público e do Executivo, acredito que a CPI da Assembleia é importante. Espero que, ao ser constituída, possa auxiliar a sociedade a desvendar tudo de errado que ocorreu”, completou.
O VLT
A obra foi orçada em R$ 1,7 bilhão e os serviços iniciados em 2012 e suspensos pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, executor do modal, no ano passado por falta de pagamento.
A previsão é que fossem instalados 22,2 km de trilhos nos dois eixos, por onde devem circular os 40 carros do VLT – formados por sete vagões cada um.
Além disso, deveria ser edificado estações e terminais, bem como obras de arte (pontes, trincheiras e viadutos) ao longo dos dois eixos.
A obra se tornou um emblema da administração estadual, uma vez que ele disputou a preferência para execução com o BRT.
Agora, após diversas irregularidades constatadas por auditorias do governador Pedro Taques, a possível troca dos modais não está descartada.
Midia News