Capa / Cidades / Capacitação em SAFs realizada em Alta Floresta evidenciou importância da meliponicultura

Capacitação em SAFs realizada em Alta Floresta evidenciou importância da meliponicultura

Foi realizado em Alta Floresta, entre os dias 13 e 17, capacitação continuada em sistemas agroflorestais. O módulo realizado no município teve como tema “Intercâmbio de conhecimentos e tecnologias agroflorestais sustentáveis em Mato Grosso”. Quarenta pessoas de várias regiões do Estado participaram. Foram realizadas palestras, visitas técnicas e aulas práticas.

Desenvolvida em Alta Floresta, a meliponicultura foi tema de palestra. “As meliponeas são importantes no processo de polinização dos sistemas agroflorestais”, justifica o engenheiro agrônomo Expedido A. W. Steffanelo, do município de Sinop. Na ocasião ele proferiu palestra com o tema “Meliponineos: Um patrimônio genético para o Brasil”. De acordo com ele, cerca de 60% da polinização da flora realizada no Brasil é feita pelas meliponeas. Estima-se que o mercado do mel movimenta cerca R$ 1,5 bi/ano no mundo. Existem cerca de quinhentas espécies de abelhas sem ferrão da Amazônia, das quais aproximadamente trezentas correm risco de extinção.

Para o engenheiro agroecológico, Vanderson Eliel Meira, o encontro realizado em Alta Floresta foi muito produtivo. Ele é de Terra Nova do Norte e vê no cultivo desse tipo de abelha sem ferrão uma oportunidade. “Vemos com bons olhos o cultivo de meliponeas. Ela é viável economicamente, tem papel fundamental no processo de polinização. Outro ponto positivo é o fácil manuseio”, argumenta. Meira atua pelo Instituto Ouro Verde (IOV) como técnico em sistemas agroflorestais.

Segundo o coordenador do Projeto Rede de Intercâmbio e Transferência de Conhecimentos e Tecnologias Agroflorestais na Amazônia (RETAF), Delman de Almeida Gonçalves, as meliponeas são fundamentais no processo de polinização. Ele explica que além do lado ambiental, essa atividade surge como uma boa alternativa de renda. Para ele, a região tem grande potencial para essa atividade. Ele ficou surpreso ao saber que a Prefeitura de Alta Floresta doa os discos de cria aos produtores. Gonçalves explica que em outras regiões do Brasil esse disco de cria é vendido por até R$ 300.

A secretária de Meio Ambiente de Alta Floresta, Aparecida Sicuto diz que o município apoia e incentiva os produtores. “É uma atividade que pode render bons frutos aos produtores. Aqueles que tiverem interesse procurem a Secretaria para mais informações”. A secretária justifica que essa atividade concilia o ambiental com econômico. “O produtor vai ter uma renda extra ao mesmo tempo em que as abelhas realizam a polinização”.

A capacitação é uma realização da Embrapa, Cipem, Ceplac, Ibama, Empaer/MT, Senar/MT, Sedraf/MT, Instituo Centro de Vida, Instituto Floresta, FAPED, Instituto Ouro Verde, em parceria com Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Sede/DTT, SFA-MT/MAPA, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sistema Famato e apoio da Verde Transportes.

Sobre admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*

Scroll To Top