Hoje faltam 6 dias para as eleições. Os dias que se seguem são decisivos, quando os mato-grossenses irão escolher seus representantes políticos para os próximos anos. Presidente da república, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. A disputa é grande e a despeito dessa campanha meio morna, borocochô, que se viu nos últimos dias, ainda assim o momento é de chamar a atenção do eleitorado sobre a importância do pleito, já que decidiremos no dia 5 o futuro político do País.
Mas antes de entrar propriamente no assunto, quero pincelar o que eu acredito que fosse a forma ideal (mas que nunca vai acontecer, afinal a decisão é deles) da política.
Pense bem, já que eles, os políticos, são os nossos “empregados”, como eles mesmo se autoproclamam sempre que vêm pedir nosso voto, o ideal seria que nós pudemos dispensa-los, como fazem as empresas, quando não estiverem mais servindo para o propósito a que foram “contratados”, concordam? Tipo assim, escolhemos o governador, ele deixou a desejar, a população se reúne e de maneira democrática, dispensa o governador, contratando outro, como é nas corporações e no próprio serviço público. Na política não é assim. Você vota no sujeito, ele (ou ela), em campanha, promete mundos e fundos, é eleito e, invariavelmente, vira as costas para o povo, simples assim, e ninguém pode fazer nada, a não ser esperar mais quatro anos e ouvir todo o blá blá blá de novo. E aí vêm aqueles políticos “de carterinha” que se ausentaram por quatro anos, mas voltam até você pedir o seu voto. Fique de olho neles.
Como em toda a regra tem exceção, tem os políticos que ganham o voto, mas honram este voto com emendas, defesas de assuntos importantes para a sociedade e a sua presença constante. Já citamos aqui ao longo desta campanha alguns políticos que honraram os seus compromissos e fizeram jus ao seu voto nas eleições passadas, citando inclusive algumas obras. Na esfera federal, políticos como o deputado federal Valtenir Pereira, que têm uma vasta folha de serviços prestados à sociedade de Alta Floresta, disputam a vaga com novatos como o senhor Eloi Luis de Almeida, morador de Alta Floresta e que colocou seu nome à apreciação. Na esfera estadual, o deputado Romoaldo Junior agiu em defesa da Regionalização do Hospital Albert Sabin, é detentor da emenda que trouxe o curso de jornalismo da Unemat, viabilizou a obra de asfaltamento da MT 206, dentre inúmeras outras ações. Está com seu nome à disposição do eleitorado, assim como estão disputando o cargo o atual deputado Ademir Brunetto e a ex-prefeita Maria izaura.
Para nós, altaflorestenses, a eleição de presidente, governo e deputado federal é importante. Mas nada se assemelha à eleição para deputado estadual. Daqui são três candidatos, além dos inúmeros paraquedistas que vêm disputar um votinho ao menos. Nas eleições passadas pelo menos 30 candidatos diferentes tiveram votos em nossa região, alguns deles foram eleitos, mas nunca colocaram seus pés em nossa cidade. Pense nisso na hora de votar. O voto é obrigatório, além de individual e secreto, sendo assim, você tem que ir votar mesmo, certo? Então faça deste seu voto uma arma para eleger nossos representantes de fato, pessoas que você vê com frequência em nossa cidade, não dando votos àqueles que sequer conhecem a nossa realidade.
Neste final de semana fiquei sabendo de um deputado da região de Sinop, que esteve aqui há uns dois meses, no inicio da campanha, e ordenou a sua equipe que espalhasse cavaletes de sua campanha às margens das avenidas principais. Teria começado em frente à Câmara de Alta Floresta.
O relato é importante para mostrar o quanto este cidadão é desavisado (e olha que é deputado atualmente+) a ponto de desconhecer que em Alta Floresta existe uma lei municipal que proíbe a divulgação por meio dos cavaletes. E quer o voto do povo. O pior é que ainda tem gente que vai votar neste desavisado. Pense nisso na hora de votar, não desperdiçando seu voto com quem sequer conhece a nossa realidade.