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Prefeitura de Alta Floresta apoia produtores na aplicação de teste CMT

As Unidades Demonstrativas (UDs) atendidas pela Prefeitura de Alta Floresta, em trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, através do Projeto Olhos D’Água da Amazônia estão sendo beneficiados com o teste CMT – Califórnia Mastits Test – do inglês, Teste de Mastiste Califórnia e recebimento de kits que é utilizado para fazer a higienização do animal. A aplicação do teste faz parte da implantação das Boas Práticas Agropecuárias, implantadas, em 2013. Para a Fase II, que irá até 2016.

O CMT é um teste muito empregado para identificar vacas com mastite subclínica. Necessita de uma raquete contendo quatro cavidades e o reagente do CMT. Mistura-se o leite com o reagente, homogeneíza-se e faz-se a leitura após 10 segundos. De acordo com a quantidade de células somáticas do leite, forma-se um gel, de espessura variada. Se a quantidade de células somáticas é baixa, não forma gel, o resultado é negativo.

Proprietário do sítio Santo Antônio, com área de 32 ha, Paulo Beitum é atendido desde 2011. Segundo ele, essa inovação da Fase II, implantado em 2013, pode nortear os trabalhos. “Ao aplicar o teste você tem a exata situação da qualidade do leite produzido e pode trabalhar para melhorá-lo”, argumenta.

 

O médico veterinário, Ebert Terra, responsável pela execução do trabalho diz que o teste possibilita detectar de forma rápida os casos de mastite subclínica. “Quando for o caso é feita uma intervenção antes da enfermidade tornar-se crônica”, explica. A aplicação possibilita agilizar o tratamento, reduz os prejuízos econômicos, entre outros.

 

Pode se citar a melhoria da sanidade da glândula mamária, aumento na eficiência dos tratamentos preconizados e redução de descartes de animais por perdas de tetos parcial ou total como benefícios importantes no planejamento rural. O teste CMT estará sendo executado pelos próprios produtores nos intervalos de 30 dias, em todas as vacas lactantes.

 

“Com apoio do prefeito Dr. Asiel Bezerra, a equipe executiva do Projeto busca sempre ofertar o que há de melhor ao produtor. Surgiu essa possibilidade das Boas Práticas Agropecuárias e decidimos colocar em prática. Com o nosso trabalho aliado ao esforço do trabalho, tenho certeza que vamos colher bons frutos em um futuro próximo”, pondera a secretária de Meio Ambiente, Aparecida Sicuto.

 

 

Mastite

É uma inflamação da glândula mamária, geralmente causada pela infecção por diversos tipos de microrganismos, sendo as bactérias os principais agentes. É a doença mais importante dos rebanhos leiteiros em todo o mundo devido à alta incidência de casos clínicos, alta incidência de infecções não perceptíveis a olho nu (infecções subclínicas) e aos prejuízos econômicos que acarreta.

Uma vez que um microrganismo tenha se instalado na glândula mamária, ele se nutre dos componentes do leite e se multiplica, atingindo números elevados. Nesse processo, são produzidas toxinas ou outras substâncias que causam danos ao tecido mamário. Essas substâncias atraem leucócitos (células somáticas) do sangue para o leite, a fim de destruir os microrganismos invasores.

Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos se tornam dilatadas e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Entre essas estão íons de cloro e sódio, que deixam o leite com sabor salgado, e enzimas que causam alterações na proteína e na gordura. Devido às lesões do tecido mamário, as células secretoras se tornam menos eficientes, isto é, com menor capacidade de produzir e secretar leite. Ocorre também a morte das células e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção.

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