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Tiro e queda

Trabalhadores rurais da região de Paranaíta fizeram um bloqueio na estrada que dá acesso à Paranaíta e outras cidades da região, como Apiacas, Monte Verde e Nova Bandeirantes. Eles reivindicam a regularização da fazenda Filizola em Paranaíta, onde, segundo informações dos lideres do movimento, 200 famílias estão acampadas há pelo menos 8 anos.

O movimento, claro, é justo e legítimo, por vários aspectos. Primeiro porque os manifestantes tomaram o cuidado antes de iniciarem o bloqueio, em comunicar à Polícia Militar, inclusive solicitando apoio no quesito segurança. Depois, o movimento foi marcado pela ordem e por respeito e tranquilidade. E seria tudo perfeito, não fosse por um único problema, os manifestantes não se atentaram para os problemas envolvendo saúde dos usuários das MTs 208 e 206.

Ainda bem, para um senhor que estava com sua filha em transito, para tratamento de câncer a ser realizado na cidade de Barretos, em São Paulo, que o  bloqueio terminou sem que ele fosse prejudicado.

Hoje o bloqueio pode voltar a acontecer, e os usuários das rodovias devem ficar atentos.

Nos últimos 15 dias, foi o segundo bloqueio, a segunda manifestação de populares em Alta Floresta. O primeiro, por causa de um trecho de terras do asfalto que está sendo feito na MT 208, entre Alta Floresta e Carlinda.

Não há nenhuma relação entre as duas manifestações, já que uma, legitimamente, pode a ação do governo no que diz respeito á distribuição de terras e o outro, pedia a atitude da empresa que detém o contrato de asfaltamento da MT 208, para que façam logo o seu trabalho e acabem com o sofrimento dos moradores, no entanto,  o momento em que eles (os movimentos) acontecem, é que é bem estranho, justamente agora em período político.

Considerando que poucos são os movimentos “radicais” em Alta Floresta (eu não lembro de outro, senão na época do “linhão já”), é que se justifica a preocupação com esses dois movimentos, já que estamos em pleno processo político.

No caso do pleito dos trabalhadores rurais, é certo, a reivindicação já ultrapassa quase uma década. Mas no caso da reivindicação na MT 208, por quase duas horas o engenheiro do estado ficou explicando que a empresa (que é ligada a um deputado da região sul do estado) já estava trabalhando e que em 15 dias estaria ali no local. A Polícia, parece , vai ter muito trabalho neste período.

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