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Grupos fazem campanha online contra ir às urnas: ‘Ninguém me obriga a votar’

Consultor e corretora de imóveis que será mesária no Rio escolhem pagar multa de R$ 3,50 pelo direito de não votar

Sair de casa, enfrentar o trânsito e as filas são sacrifícios que custam muito mais do que R$ 3,50 – valor máximo da multa para os eleitores faltosos que não justificarem o voto até 60 dias depois do segundo turno. Com isso em mente, o consultor Vitor Hotz, de 26 anos, e outros milhares de eleitores engrossam o coro “pago R$ 3,50, mas não voto” na internet, movimento que tomou conta das redes sociais desde os grandes protestos de junho do ano passado.

Arquivo pessoal

Vitor Hotz não ira às urnas nas eleições 2014: “Voto deveria ser uma escolha”

“É a primeira eleição que decidi fazer isso, antes escolhia um representante ou votava em branco. Neste ano não vou perder tempo indo para a urna. Pago R$ 3,50, mas não voto. Minha vida vai continuar e não participo dessa falcatrua”, disse Hotz, de São Gonçalo (RJ), que em 2013 criou um grupo no Facebook convidando seus amigos a fazer o mesmo. Além do descontentamento com o cenário político atual e a segurança pública, a desconfiança em relação à urna eletrônica e a obrigatoriedade do voto reforçam a escolha dos brasileiros que vão ignorar o dia 5 de outubro, data do primeiro turno das eleições.

Apesar de ter decidido que também não votará, Fernanda Valverde, de 33 anos, não conseguirá descartar completamente a eleição. Convocada para ser mesária há dois anos, ela confessou que cumprirá o papel na zona sul do Rio de Janeiro. “Já que decidi lutar contra a política atual, aceitei novamente a convocação para acompanhar as eleições bem de pertinho. Será um dia que ficarei muito ligada”, afirmou.

IG

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