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Nem bem começou a colheita da soja em Mato Grosso e já tem agricultor pensando no cultivo do milho safrinha, que vai ser plantado logo em seguida.
Em algumas propriedades, já está tudo pronto e a intenção é semear uma área menor este ano por causa dos preços baixos.
A colheita de soja na propriedade de Jaime Farinon, que fica em Sinop, norte de Mato Grosso, deve começar nas últimas semanas de janeiro. Mesmo assim, ele já está pensando na próxima safra, a de milho e este ano, não vai investir tanto em tecnologia. A semente, por exemplo, foi produzida na própria lavoura na safrinha passada.
Na região de Sinop, o preço da saca de milho está entre R$ 9,80 e R$ 10, mas não são apenas os preços baixos que têm desmotivado os agricultores.
A estocagem também é uma preocupação. O armazém de uma cooperativa ainda tem 40% do espaço ocupado com milho.
Segundo o Imea, Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, a área de milho cultivada no estado este ano será 12% menor que em 2013, número que reflete na produção. Aproximadamente 17 milhões de toneladas do grão serão produzidas em Mato Grosso nesta safra, enquanto o ano passado foram 22,5 milhões de toneladas.
O reflexo dessa queda aparece no comércio de insumos. Em uma revenda, a comercialização de produtos para a próxima safrinha está menor este ano.
“A gente teve uma redução na faixa de 20% no volume em relação ao ano passado, a gente foi bem prejudicado trabalhamos com pacote tecnológico de nível mais alto”, explica Noé Luiz da Silva Filho, gerente da revenda.
