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Ex-marido acusado de matar juíza em Fórum de MT vai a júri em março

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Evanderly Lima está preso na Penitenciária Central do
Estado (Foto: Assessoria/ Polícia Civil – MT)

Ao G1, o advogado Edno Damascena de Farias, nomeado pela Justiça para atuar no caso, declarou que está analisando o processo e estudando a tese de defesa do réu. Farias ressaltou ainda que aguarda a decisão do Tribunal de Justiça (TJMT) quando ao pedido de transferência do júri para a Comarca de Rondonópolis devido à repercussão do crime em Alto Taquari, onde a magistrada foi morta. No entanto, o pedido, em caráter de liminar, ainda não foi analisado pela Justiça.

O acusado responde por homicídio qualificado por motivo torpe, já que não houve chance da vítima se defender. A juíza Glauciane Chaves de Melo foi morta com dois tiros na nuca, dentro do próprio gabinete, no Fórum de Alto Taquari, no dia 7 de junho de 2013. O crime, conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ocorreu após a vítima se recusar a reatar o relacionamento.

O magistrado também deferiu a oitiva das seis testemunhas arroladas pelo Ministério Público, na ação, mas negou o depoimento das testemunhas estabelecidas pela defesa do réu. “O requerimento foi formulado após o prazo legal, de cinco dias, em franca contrariedade ao disposto no Código de Processo Penal”, consta trecho da decisão. O advogado do acusado disse em entrevista que havia arrolado três testemunhas de defesa, entre elas, uma pessoa que trabalhava na residência da juíza. As outras duas, segundo ele, eram amigos do casal.

Desqualificar

juiza_glauciane_300x400O acusado está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. No dia 11 de setembro do último ano, o enfermeiro e outras 8 testemunhas de acusação participaram de uma audiência no Fórum da cidade. Na ocasião, a ex-advogada do réu tentou desqualificar o crime de homicídio triplamente qualificado para que respondesse criminalmente apenas por homicídio. Porém, o juiz negou o pedido.

Denúncia
Na denúncia, o promotor de Justiça João Batista de Oliveira aponta que o homicídio ocorreu por motivo torpe, perigo comum, além de Evanderly Lima se utilizar de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. No dia do crime, o enfermeiro foi até o Fórum de Alto Taquari para falar com a juíza no gabinete dela. Eles teriam discutido e o ex-marido efetuado os disparos. Em seguida, fugiu do local. Na denúncia, o promotor destacou que o enfermeiro e a juíza conviveram em união estável por cerca de oito anos e que estavam separados desde dezembro de 2012.

O casal se mudou para Alto Taquari em junho de 2012 após a vítima tomar posse no cargo de juíza. Nos últimos meses, o suspeito não aceitou o fim do casamento e teria feito várias ameaças à juíza para que reatassem o relacionamento. Em depoimento à polícia, Evanderly alegou que estava transtornado por supostamente a ex-mulher estar se relacionando com outra pessoa e, por isso, foi até o Fórum e, após uma discussão, atirou contra a vítima no gabinete dela.

 

FONTE: G1

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