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Matupá: Fórum começa com debates sobre a questão trabalhista e biotecnologia

A questão trabalhista e a biotecnologia, que estão entre os principais temas considerados gargalos na produção rural, serão discutidos nas mesas redondas de hoje (19), no Fórum Brasil Central do Agronegócio. O evento terá como mestre de cerimônias a jornalista e comentarista de economia Lilian Witte Fibe. Agronegócio

No que diz respeito à questão trabalhista, o debate terá início às 9h, com o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Guilherme Caputo, que está no posto desde 2007. Também participa da discussão sobre a questão, o consultor jurídico trabalhista da Fetagri, Lincoln Leite. A Fetagri é representante dos sindicatos dos trabalhadores rurais e assentados pela Reforma Agrária ou não e ainda daqueles que trabalham em atividades extrativistas.

Os produtores consideram que a questão trabalhista onera a atividade agrícola, juntamente com o preço do frete e do óleo diesel. Para o setor, a questão trabalhista pesa tanto quanto qualquer outro componente da produção, além disso, a legislação não atenderia às necessidades do setor em todas as particularidades e ainda não existe mão-de-obra suficiente nem qualificação dos recursos humanos.

Um dos maiores críticos da situação é o presidente da Famato Rui Prado, que também fará parte da mesa. “O problema maior da mão-de-obra é que você não consegue resolver os problemas apenas com capital. Hoje, quem precisa de estrada e tem dinheiro, vai lá e constrói. Com pessoal, mesmo querendo contratar mais, há todo um processo de aprendizado e de vontade de fazer aquilo que está proposto. Isso leva tempo e investimento”, argumenta. O ruralista ainda destaca os problemas existentes na relação entre empregado e empregador.

Biotecnologia: Outro debate que deve ser polêmico trata da questão genética com o título “Biotecnologia no Agronegócio: Situação presente e perspectivas de futuro”, que tem como foco a produção de transgênicos. Alexandre Nepomuceno será o representante da Embrapa para tratar do assunto. Ele tem experiência nas áreas de fisiologia vegetal e biologia molecular.

Também participa do debate César Borges, presidente Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange) e vice-presidente da Caramuru Alimentos. Além da diretora do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) Adriana Brondani. A expectativa é que Mato Grosso aumente em 9,5% o uso de sementes geneticamente modificadas. Este ano, o uso dessa tecnologia no Estado completa 10 anos.

Se a projeção divulgada pela Céleres Consultoria se confirmar, serão cultivados a partir do dia 15, após o fim do chamado vazio sanitário, 10,7 milhões de hectares com OGMs, o que indica uma cobertura de 89,1% da área cultivada com soja, milho e algodão no Estado.

A biotecnologia é usada pelo produtor que quer reduzir os custos com defensivos químicos e também o manejo das lavouras para garantir a produtividade por hectare. Com a chegada de uma nova praga como a Helicoverpa armigera e da alta incidência ainda da ferrugem asiática e dos nematoídes, as pesquisas têm acelerado cada vez mais para atender às demandas do setor. Apesar da tendência cada vez maior em lançar mão de biotecnologia, há muitos produtores que vão na contramão e seguem preferindo variedades convencionais, para com isso abocanhar um “plus” sobre a cotação de mercado para a saca. (Com assessoria)

Fonte: RDnews / matupanews.com.br

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