Teve início, o resgate da fauna na região que está na área diretamente afetada do reservatório da Usina Hidrelétrica Teles Pires. A ação, realizada por meio do Programa de Resgate e Salvamento Científico da Fauna Silvestre da Companhia Hidrelétrica Teles Pires, tem como objetivo reduzir as possíveis interferências nos grupos faunísticos da região.
Até o momento já foram resgatados cerca de 1.190 animais. A previsão é que até 2014, quando terminarem as atividades do programa, mais de 43.000 indivíduos sejam recolhidos, tratados e reinseridos na natureza. Cada equipe de resgate é composta por no mínimo um biólogo e três auxiliares. Atualmente, dez grupos estão em campo efetuando o trabalho, mas esse número pode aumentar conforme o andamento das ações.
O coordenador de meio biótico da Companhia Hidrelétrica Teles Pires, Juliano Tupan Coragem, explica que antes do início da supressão vegetal, os animais com maior capacidade de deslocamento são guiados para áreas mais seguras. Os indivíduos que ainda permanecem no local são capturados e levados para uma base de atendimento. Neste local, uma equipe de profissionais é responsável pelos cuidados médicos-veterinários e identificação dos bichos. “Depois de realizado todo o processo, os animais sadios são levados para as áreas de soltura que são locais próximos de onde foram encontrados”, explica.
Se for constatado algum ferimento, o espécime é encaminhado para o Centro de Triagem da Fauna Silvestre – CTFS, onde recebe o atendimento necessário, explica o coordenador. Ele enfatiza que o acolhimento segue regras rígidas de biossegurança e cita como exemplo, o uso de um tubo de acrílico para imobilização das cobras. O procedimento impede que a serpente vire a cabeça e dê o bote. O método garante segurança ao profissional e não causa dores ao animal.