O deputado federal Marco Feliciano publicou no perfil do Facebook o texto de um ofício que enviou para a Polícia Federal, pedindo que investigue os rapazes que se aproximaram dele em um avião, dançando e cantando a música “Robocop gay”, do grupo Mamonas Assassinas. Ele solicitou que a polícia instaurasse um inquérito para investigar o caso.
“Solicito a Vossa Excelência providências no sentido de instaurar Inquérito Policial para apurar fatos ocorridos na ultima quinta-feira em voo de Brasília-DF, com destino a Belo Horizonte- MG, com escala em São Paulo, voo nº 5019 – Azul Linhas Aéreas, onde fui atacado por um grupo de rapazes que se portavam de forma deseducada e com trejeitos aparentes de homossexuais, com ataques a minha pessoa, inclusive, com contato físico me tocando, causando danos a minha pessoa, perturbando meu sossego. Ações desse tipo, em reação a minha atuação parlamentar causa um grande mal à democracia em nosso país, e serve de mau exemplo para os jovens”, diz o ofício.
O pastor Marco Feliciano classificou a atitude do grupo de “abuso”, e frisou ainda que todos os passageiros do voo corriam risco caso houvesse um tumulto. Segundo o ofício, o comandante da aeronave ameaçou retornar para Brasília.
O grupo filmou o protesto no avião e depois publicou na internet. O vídeo deu o que falar. No Twitter, mais tarde, Marco Feliciano desabafou:
“O que todos viram no vídeo do avião, gravado por eles, é o que passo quase toda semana nas igrejas aonde vou pregar. É mais ou me os assim: eles se mobilizam pela mídia social onde fazem “terrorismo” com as igrejas onde vou ministrar, anunciam que irão com milhares de pessoas, munidos de instrumentos para atazanar o culto e com trios elétricos. O resultado é sempre igual, dos milhares anunciados, aparecem alguns. Esses alguns entram nos cultos aos gritos e colocam meninas para beijar meninas dentro dos templos, afrontando as famílias cristãs”, lamentou ele. “Difícil também é sair com minhas filhas pequenas, eles não respeitam e nos constrangem quer seja na rua, no shopping com gritos e palavrões”.
Eric Corazza, um dos jovens que cantou e rebolou ao som de Robocop gay no avião, não ficou calado. No Facebook, ele desmentiu algumas entrevistas concedidas por Feliciano.
“Ele está se fazendo de coitado, falando que a tripulação e os passageiros defenderam ele. Mentira… o voo todo estava cantando ‘Feliciano, a sua hora vai chegar’”, escreveu Corazza.
Depois, em outra publicação, o jovem defende o protesto:
“Eu fiz a minha parte. Viva o Mamonas! A essa hora, eles estão lá no céu rachando o bico (gargalhando)”, escreveu.