“Prefeito apresenta balanço de seis meses de mandato e mostra que escolheu administrar com responsabilidade.”

Quando assumiu a prefeitura em 1º de janeiro de 2013, o prefeito de Paranaíta, Tony Rufatto (PMDB) recebeu um relatório do ex-prefeito Pedro Myiazima (PSD), que apontava um saldo em conta bancária na ordem de R$ 3.028.651,85 (três milhões, 28 mil, seiscentos e cinquenta e um reais e oitenta e cinco centavos). Era tudo o que um novo prefeito poderia sonhar para poder tocar as obras e serviços, a que se comprometeu, com muita tranquilidade. Porém, este “ato de generosidade” do ex-prefeito transformou-se rapidamente em desconfiança quando lido um item do mesmo relatório que apresentava as obras que haviam sido lançadas no ano de 2012, a maioria no período eleitoral, mas que na verdade não tinham o recurso disponível. Eram 14 obras, todas licitadas, porém, a maioria deveria ser quitada no decorrer de 2013, num montante de R$ 5.459,114,77, ou seja, quase seis milhões de reais. Numa leitura parcial, já havia um déficit de 2,4 milhões de reais para ser arcado pelo prefeito que estava assumindo. Após um levantamento técnico detalhado, descobriu-se que o “furo” era ainda maior, já que dos 3 milhões anunciados pelo ex-prefeito, 1,5 milhões eram das chamadas “verbas carimbadas”, ou seja, que só podem ser usadas para finalidades específicas, em programas federais como convênios, Saúde, Educação (Fundeb), dentre outros. O jeito foi apelar pelo bom senso.

Após receber um relatório de sua equipe técnica, informando quais obras estavam sendo executadas, o prefeito Tony Rufatto se viu na obrigação de tomar uma decisão. Com todos os recursos do seu primeiro ano de governo comprometidos, ele teve a oportunidade de agir com politicagem e mandar paralisar todas as obras ao mesmo tempo denunciando para a sociedade a “manobra” do ex-prefeito, mas preferiu o caminho da responsabilidade e assumiu as obras para sua administração, com exceção de uma escola na Gleba Mandacaru, cuja a lista de irregularidades começava na localização da unidade escolar. Para se ter a ideia da falta de responsabilidade da administração anterior, o local escolhido para a edificação de uma escola de quase um milhão de reais, ficaria à exatos 50 metros da área de influência do lago da Usina Hidrelétrica Teles Pires. Um simples erro de cálculo na mega obra que está sendo construída em Paranaíta, colocaria submersa uma escola construída com recursos públicos e, pior ainda, colocaria em risco a própria comunidade escolar. Numa visão mais otimista da situação, caso a escola não fosse submersa pelo lago, o medo de alagamento em período de chuvas seria uma companhia constante de alunos, professores e os familiares de alunos da Gleba Mandacaru. O prefeito Tony Rufatto preferiu a certeza da mudança de localização da obra, à insegurança de ter que depender das condições climáticas e da sorte. “Mandei paralisar a obra e iniciar uma nova discussão com a comunidade escolar para a definição de um novo local”, disse Rufatto.

Confira abaixo uma tabela com a relação das obras que foram herdadas pela gestão de Tony Rufatto.

No total de 14 obras, apenas três foram licitadas no primeiro semestre do ano. O restante das obras foram licitadas e contratadas nos meses de junho (1), julho (3), agosto (2) setembro (4) e dezembro (1), curiosamente, dentro do período considerado “eleitoral”, ou seja, segundo semestre de 2012, deixando claro que poderia obras teriam um cunho “eleitoreiro”.

A verdade da conta bancária de Paranaíta

Ao deixar a administração o ex-prefeito de Paranaíta deixou uma consignação bancária com três milhões de reais na conta corrente, só não explicou que deste montante, 1,5 era para ser utilizado em programas oficiais do governo federal, como o programa o Fundeb, cuja verba vem destinada para um único objetivo. Do 1,5 milhões restante (recurso próprio), o ex-prefeito deixou em restos a pagar de 446.412,00, ou seja, sobrou bem menos dos que os três milhões anunciados para as obras que haviam sido licitadas de maneira irresponsável no período eleitoral.

Licitações “às pressas” gera obras mal planejadas

O levantamento da equipe técnica da prefeitura Paranaíta foi conduzido pelo engenheiro Euclides Canhetti Junior e revela que em todas as obras licitadas pela administração anterior “esqueceram” de incluir itens fundamentais para o funcionamento dos órgãos a que serão destinadas. A pedido do prefeito Tony Rufatto, Canhetti fez um levantamento das necessidades de cada obra, para que o funcionamento seja pleno. O resultado foi estarrecedor e mostra o descaso com que o dinheiro de Paranaíta era tratado.

Dentre as necessidades apontadas pela administração de Tony Rufatto, encontra-se a construção de calçamento ao redor das escolas, para-raios, drenagem de águas das chuvas, colocação de itens de segurança como extintores e hidrantes contra incêndio, além de muros, portões e alambrados. A mesma condição foi verificada em todas as obras que estão em andamento e que terão a necessidade da intervenção do Poder Público.

Confira abaixo uma planilha detalhada das necessidades apontadas, e que irão gerar um acréscimo de R$ 2 milhões de reais nos custos. A ideia do prefeito Tony Rufatto é entregar as obras à comunidade já com as adaptações aos projetos originais. Tecnicamente, terão que ser feitas novas licitações para complementar as obras e garantir um menor preço e uma alta qualidade nas obras a serem executadas.

Obras em Paranaíta somam quase 8 milhões e podem chegar a 10 no final do ano

As obras herdadas, sem dinheiro na conta, que estão sendo executadas em Paranaíta já somam o montante de R$ 6.836.311,28, considerando apenas o dinheiro que o ex-prefeito Dr Pedro deveria ter deixado nas contas da prefeitura, cuja responsabilidade, agora, cabe ao atual prefeito Tony Rufatto pagar, já somadas os complementos que terão que ser feitos para garantir a segurança da população que utilizará os serviços públicos.

Ao deixar a administração municipal no final do ano de 2012, a administração anterior incorreu em grave erro, ao comprometer os recursos futuros da administração que ainda estaria por vir. Falou mais alto o bom senso e a responsabilidade do prefeito Tony Rufatto que assumiu as obras mesma sabendo que teria que “adiar” alguns projetos idealizados durante a sua campanha eleitoral. “Eu não seria irresponsável a ponto de paralisar essas obras,  mesmo que eleitoreiras, uma vez que já foram gastos milhões de recursos públicos”, disse Rufatto, afirmando que ainda assim, o seu governo ficará marcado pela implantação de obras fundamentais para a sociedade de Paranaíta. “Nós estamos correndo atrás, fazendo a nossa parte, em contato com os nossos representantes políticos e também através das parcerias que estamos firmando, e o apoio da CHTP, para que possamos melhorar ainda mais a vida da população”, afirmou.

Na última semana a prefeitura fez o lançamento de uma obra de drenagem de águas pluviais na cidade, além do que, a equipe técnica da prefeitura já prepara a documentação necessária para a realização de um grande projeto de asfalto nas ruas da cidade de Paranaíta. Juntas as duas obras significarão um aporte de mais de 3 milhões de reais ao município, o que ajudará a elevar a quantidade de investimentos da administração de Tony Rufatto em quase 10 milhões de reais. “Nós estamos fazendo a nossa parte, com responsabilidade e pensando no bem estar de todos, porque foi isso que nós pregamos para a população, uma Paranaíta para todos”, finalizou o prefeito.

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