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Mato Grosso confirmou 630 infecções por HIV em 2021

Nos primeiros 10 meses do ano Mato Grosso confirmou 630 novas infecções pelo vírus HIV, causador da Aids, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). O número representa mais de 60 infecções detectadas por mês em 2021.

No dia 1° de dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data criada para reforçar a importância da luta mundial contra a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. A Pasta explica que há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. “Mas que podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção”.

O Brasil distribui gratuitamente todos os antirretrovirais desde de 1996 e, desde 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral. Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, existem 19 medicamentos disponíveis em 34 apresentações farmacêuticas.

Dados de Mato Grosso
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da SES, no período de 2017 a 8 de novembro de 2021, foram registrados 4.420 casos de infecção pelo HIV. A Pasta informou que os municípios com o maior registros são Cuiabá; Sinop; Várzea Grande; Lucas do Rio Verde; Primavera do Leste e Tangará da Serra.

Cuiabá
Em Cuiabá, os testes rápidos de detecção do HIV são ofertados pelas UPAS, Policlínicas e nas unidades do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do Grande Terceiro e da Clínica da Família (CPA). O teste é feito em 15 minutos e caso dê positivos, o profissional de saúde solicita os exames confirmatórios e o paciente é encaminhado para o atendimento de referência com equipe de saúde completa e especializada, segundo o SAE.

O serviço de referência diz que 3.766 pacientes estão ativos para receber remédios nas farmácias das unidades. Em caso positivo, os remédios são dispensados em até 20 dias, segundo o SAE.

Modernização do tratamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda (29) um novo tratamento para o HIV que reúne duas substâncias em único comprimido. O novo medicamento é uma combinação das substâncias lamivudina e dolutegravir sódico.

“A aprovação representa um avanço no tratamento das pessoas portadoras do vírus que causa a Aids, já que reúne em uma dose diária dois antirretrovirais que não estavam disponíveis em um só comprimido. A possibilidade de doses únicas simplifica o tratamento e a adesão dos pacientes”, afirmou a agência, em nota.

O novo tratamento poderá ser prescrito para o tratamento completo da infecção pelo vírus em adultos e adolescentes acima de 12 anos com pelo menos 40 kg.

Medicamento previne HIV
Como parte da estratégia de combate à doença, o Ministério da Saúde ainda conta com a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (Prep) e com a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV.

A Prep consiste no uso diário de antirretrovirais por pessoas não infectadas pelo hiv, com o intuito de reduzir o risco de infecção pelo vírus nas relações sexuais, segundo o Ministério da Saúde.

Já a PEP é uma medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV, segundo a Saúde.

A Pasta diz que a Pep consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio. Porém, deve ser administrada preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo em até 72 horas, segundo o ministério.

G1 MT

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