A noite desta sexta-feira, 10 de janeiro, foi marcada por uma confusão no aeroporto da cidade de Alta Floresta. Tudo começou após um acidente na cidade vizinha de Paranaíta, que vitimou José Carlos da Silva, que caiu de um telhado.
A vítima sofreu fratura pela cabeça e apresentava-se com traumatismo crânio-encefálico. Em estado grave foi viabilizado uma UTI aérea com urgência para que fosse removido para Cuiabá.
A princípio, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar apoio no atendimento a vitima que necessitava de remoção aérea urgente, pois seu estado de saúde era grave. Ao chegar ao aeroporto Coronel Joao Rainho, comandante do Corpo de Bombeiros recebeu a informação de que a aeronave U.T. I aérea não poderia pousar, pois o responsável pelo aeroporto não iria acender as luzes da pista. Diante das circunstâncias da situação, a Polícia Militar também foi acionada e tentou dialogo com o gerente da Infraero, identificado como Gerson que teria se negado a ascender às luzes da pista para a chegada do avião e o fato estaria atrasando o socorro à vítima.
Segundo Gerson, o procedimento é uma determinação da Infraero e que a empresa de taxi aéreo que precisava pousar em Alta Floresta deve comunicar ao aeroporto ate às 4 da tarde, fato que o piloto da aeronave alega ter feito, inclusive o tramite de ordem judicial foi feito corretamente pela Promotora de justiça Dra. Liane Amélia. Depois de muito bate-boca e muito impasse o senhor Gerson decidiu finalmente acender as luzes para que a aeronave pousasse e o paciente fosse removido.
O que chama atenção é que é uma situação de saúde, de vida ou morte e o responsável pelo aeroporto foi no mínimo incoerente ao se recusar acender as luzes da pista, pois se tratava de uma vida que tinha que ser salva naquele momento. Esse fato mostra cada vez mais a necessidade evidente da implantação dos leitos de U.T.I no hospital regional antes que mais vidas se percam ou situações como essa voltam a acontecer