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Tiro e Queda – Quinta Feira

A população de Alta Floresta que espera já há alguns anos pela implantação de UTIs no Hospital Regional, pode conter a euforia com o novo governador Pedro Taques porque, a julgar pelas palavras do secretário de Saúde, Marco Bertúlio, este benefício só mesmo a partir de 2016 (e olhe lá). Ao responder a imprensa após indagado sobre o tema, Bertúlio foi seco, curto e grosso… “Não é no estalar dos dedos”.

Claro que após a resposta dura, o secretário emendou que ordenou à sua equipe que faça um “estudo” de necessidade, viabilidade e outras “cositas mas”, para que possa planejar a implantação das UTIs. Na boa… acho que só pro ano que vem mesmo…

Outro assunto que foi tratado na reunião foi quanto ao gerenciamento do Hospital Regional. Por enquanto, na forma de intervenção, o Estado está “distribuindo o carteado”, só que tem deixado a desejar. Somente com médicos, são três meses de atraso, inclusive o mês de janeiro, de responsabilidade da atual gestão, que deveria ser pago até o dia 31 de janeiro, ainda não foi pago. Os médicos entraram em greve, suspenderam as cirurgias eletivas e quando soube disso, o secretário mandou avisar que o pagamento estava a caminho, isso no dia três, mas até ontem, “neca de pitipiriba”, “niente”, “nothing”, para o bom entendimento, nada consta, ou seja, mais de uma semana depois da ordem, não havia o repasse que, pela fala de Marco Bertúlio, deve acontecer na sexta-feira.

Ainda assim, tem o atraso dos outro servidores, alguns reclamando até o auxilio alimentação que é garantido por lei. Também está parado.

O problema todo é que governo do estado, desde que assumiu a gestão pública de Mato Grosso, tem falado que o estado está falido, sem dinheiro e coisa e tal, só que, Pedro Taques encontrou R$ 85 mil no caixa, como disse amplamente em toda a imprensa, desde o dia 1º, quando de sua posse e, uma semana depois mandou pagar meio milhão de reais para a TV Centro América (Globo) para financiar uma simples corrida de rua. Alguém mentiu pro povo de Mato Grosso.

A proposta para resolver a questão do Hospital Regional, de vez, apresentada por Marco Bertulio ontem, foi de repassar o comando do hospital para o Consorcio Intermunicipal de Saúde Alto do Tapajós.

Mas aí os prefeitos deveriam colocar “as barbas de molho”, sabe porque? Quem gerenciava o hospital antes da histórica estadualização, era o município de Alta Floresta com apoio do consórcio e com repasses feitos pelo estado de parcos recursos que sempre chegavam atrasados. Resultado, o atendimento era (mais) precário (do que hoje). Só para se ter uma ideia, pessoas morreram cerca de 4 anos atrás, quando o hospital era municipal e a gestão era da ex-prefeita com o apoio do consórcio, por causa de infecção hospitalar causada pela falta de higienização adequada que seguisse as normas hospitalares. Foi necessária a entrada do Ministério Público no caso, através da época do dr Henrique, para que o município se visse forçado a realizar um trabalho de assepsia que desse fim à “matança” dentro do HM. Num curtíssimo período de menos de dois meses (acho que até menos que isso) 9 pessoas morreram de infecção hospitalar na mesma área do antigo municipal.

Devolver para os prefeitos, pode ser uma forma do estado “lavar suas mãos” da responsabilidade pela gestão do hospital e o passo seguinte pode ser mais comprometimento das verbas dos municípios, que os prefeitos já reclamam que são poucas.

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