O vereador Bernardo Patrício justificou a sua assinatura ao pedido de instauração da Comissão Processante para investigar as denúncias apresentadas a partir de um relatório da Controladoria Interna do Município de Alta Floresta, como sendo necessário para elucidação de todos os problemas que foram apresentados. “Eu tenho que analisar os fatos, saber realmente o que esta acontecendo, porisso senhores vereadores, é que entrei com os demais vereadores solicitando essa comissão processante para apurar os fatos, para saber o que é certo e o que é errado”, afirmou Patrício, que no entanto não deixou clara intensão de acompanhar os seus pares no pedido de afastamento do prefeito Asiel Bezerra. “Eu não posso votar para o afastamento de um determinado prefeito, simplesmente por alguém estar dizendo ou simplesmente pelo relatório do controlador interno do município”, disse.
A justificativa para a posição adotada em relação aos dois requerimentos apresentados extemporaneamente na Câmara Municipal, que justificou Liminar impedindo a votação última terça-feira, é que o controlador interno Herbert Vilarruel, que assinou o relatório, deveria ter acompanhado o processo e feito as informações necessárias no tempo em que as supostas irregularidades estivessem acontecendo. Bernardo não desqualificou o relatório, mas apontou ao menos uma situação denunciada que fugiria muito do que pode ser considerado um padrão ético de atuação dos envolvidos. “Eu não quero acreditar que uma pá carregadeira molhou rua, mas eu preciso investigar pra ter certeza disso”, afirmou.“Também acho, que (o controlador) teria que já ter alertado muito tempo, porque esperou até agora?”, perguntou. “Como vereador eu quero fazer o trabalho com transparência, com respeito à população, com seriedade e sem fazer politicagem em cima das coisas que estão acontecendo”, determinou.
Em seu pronunciamento, o vereador Reinaldo de Souza (Lau) adotou a mesma cautela, deixando para reflexão um dito popular que pode caber e muito bem à atual conjuntura. “Quem é vidraça não atira a primeira pedra. Se for buscar a fundo, é vidraça daquela bem levezinha, qualquer pedrinha quebra”, apontou.
Para o vereador Dida Pires, no entanto, o caso de Asiel Bezerra é de cassação. Em sua fala, ele até pregou que o prefeito tenha possibilidade de se defender diante das acusações, mas manteve o tom de dureza contra o gestor. “Infelizmente, o prefeito Asiel está encrencado, no meu ponto de vista, é cassação, o que tem aqui, tomara que ele consiga fazer a sua defesa e tenha documentos, porque o que está no controle interno é realmente pra cassação de mandato, esse processo está no judiciário, se a Câmara não fizer o judiciário, mais cedo ou mais tarde vai fazer e a nossa preocupação é com a cidade, nós queremos que as coisas voltem a funcionar”, afirmou Dida Pires.