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Janeiro registra explosão nos casos da covid em MT

Janeiro se foi e o sonho dos mato-grossenses de ver a pandemia ir embora, ficou mais distante. O fatídico aviso de que as festas de fim de ano poderiam se tornar o vetor de uma explosão de casos se concretizou e, movida pela variante ômicron, a pandemia ganhou força e fez os números de infectados saltar de forma astronômica nesse primeiro mês de 2022.

Segundo dados do painel epidemiológico da Secretária Estadual de Saúde (SES-MT), atualizado às 14h30 desta terça-feira, 1º de fevereiro, o mês de janeiro fechou com 72.080 novos casos de covid-19, número superior à soma de todos os casos registrados entre agosto e dezembro do ano passado. Este também é o maior registro de casos desde o começo da pandemia, março de 2020.

O acumulado de infectados é maior que a somatória dos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. Se comparado com o último mês de 2021, onde foram registrados 7.427 casos, o aumento é de 870,51%.

O aumento de quase 900% colocou a Saúde de Mato Grosso, que seguia com números controlados, contra a parede. Segundo o último levantamento do mês de janeiro, a taxa de ocupação dos leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) covid-19 era de 81,57%. São 208 internados nos leitos pactuados e apenas 39 vagas disponíveis. Nas UTIs pediátricas a situação é ainda mais crítica, com apenas três leitos disponíveis no Estado.

São três hospitais em Mato Grosso com capacidade máxima dos leitos de UTI e mais sete hospitais com 80% ou mais de ocupação.

Fora dos corredores hospitalares, o número de pessoas em monitoramento com a doença ativa também cresceu exponencialmente. No dia 1° de janeiro, Mato Grosso registrava 1.840 pessoas em isolamento domiciliar. Nesta terça-feira, já eram 30.250.

O número de mortos também aumentou. No mês, a pandemia fez 210 mortos, maior número registrado desde agosto, quando Mato Grosso perdeu 361 pessoas para a doença.

Dados gerais

O estado se destaca na lista de mortalidade pela doença desde o início da pandemia. Segundo os dados informados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o estado possui uma taxa de mortalidade de 401,8 mortes a cada 100 mil pessoas. Mato Grosso só fica atrás do Rio de Janeiro, que possui uma taxa de mortes de 404,7 vítimas a cada 100 mil pessoas. 

A taxa é maior que a média nacional, que segundo dados atualizados do Conass, é de 298,4 mortes a cada 100 mil habitantes.

Estadão

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