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MT é o 15º estado com mais casos de varíola dos macacos

Com 79 casos confirmados, Mato Grosso ocupa a 15ª posição dentre os estados brasileiros com diagnósticos positivos para a monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos.

No Estado, os dois primeiros casos da doença foram confirmados no dia 5 de agosto passado.

Desde então, já são 190 notificações, sendo 24 em investigação e as demais descartadas.

Dentre os resultados positivos, a maioria (78,13%) das pessoas infectadas é de Cuiabá, onde há 50 casos confirmados e 64 notificações.

Na Capital, aproximadamente 300 profissionais entre médicos e enfermeiros das unidades de saúde que atuam na atenção básica e da atenção secundária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participaram, na semana passada, de uma capacitação sobre “Monkeypox – manejo e conduta”.

De acordo com o coordenador de Programas Especiais, Márcio Frederico, a finalidade foi ter melhor resultado em qualidade quanto ao enfrentamento dessa patologia.

“Doença caracterizada por erupções cutâneas, feridas caracterizadas por bolhas que estouram e se dissipam por todo o corpo, portanto, uma patologia auto limitante. Pode estar preferencialmente nas partes genitais, cerca de 47% dos casos no município, mas também podem estar em outras áreas do corpo”, disse.

Já em segundo lugar aparece Várzea Grande, com 10 positivados e 28 notificados.

Há ainda quatro confirmações em Tangará da Serra, três em Sinop, dois em Barra do Garças, e as cidades de Sapezal, Sorriso, Rondonópolis, Campo Verde, Araputanga, Cáceres, Nova Xavantina têm um caso confirmado cada.

No país, são 7.879 casos positivados, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS).

As unidades da Federação localizadas na região Sudeste do país lideram o ranking, sendo São Paulo com 3.718 casos e o Rio de Janeiro 1.054.

No Norte, o Acre é o com menor número de confirmações, com apenas uma pessoa com diagnóstico positivo para a varíola dos macacos. Do Centro-Oeste, Goiás tem 486 casos, o Distrito Federal com 259 e Mato Grosso do Sul com 88 infectados.

Ainda no Estado, boletim da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) mostra que dos casos positivos, 93,59% são pessoas do sexo masculino e 6,41% do gênero feminino.

A média de idade é de 28,61 anos.

As erupções cutâneas estão em 94,87% das manifestações relatadas pelos pacientes com resultado positivo para a doença, além de febre de início súbito (75,64%), cefaleia (47,44%), dor muscular (42,31%), suor e calafrios (33,33%), entre outros.

Os pacientes positivos relatam ainda que as lesões atingem diferentes partes do corpo, como os membros superiores (50,68%) e inferiores (38,36%), tronco (41,10%), região genital (54,79%), anal (24,66%), entre outros, como face e planta dos pés.

Importante destacar que os primatas não humanos (macacos) não são reservatórios do vírus da varíola.

A transmissão ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada.

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

A pessoa que achar que tem sintomas compatíveis da doença deve procurar uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença.

Joanice de Deus – Diário de Cuiabá

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