Altair Nery
Uma sessão “sui generis” foi realizada na manhã desta terça-feira, 26, na Câmara Municipal de Alta Floresta, três matérias mostraram como os vereadores podem ir de A a Z no tratamento em relação a um mesmo grupo social, desta vez, o tema foi a imprensa. Justiça seja feita, ao menos na sessão de ontem, os pensamentos dos vereadores Elisa Gomes, Mequiel Zacharias e Dida Pires não foram destoantes, já os “outros pares”…
As matérias em questão foram, o Projeto de lei que pretendia, em respeito aos 19 profissionais formados pela turma especial de Jornalismo da Unemat neste ano, obrigar o poder público a exigir diploma de jornalista para ocupantes de cargos públicos, aos moldes do que já acontece em prefeituras de grandes cidades (e algumas de médio e pequeno porte) no Brasil, Governos de estados, Assembleias e o próprio Supremo Tribunal Federal, que teve uma decisão sua alçada como justificativa para que obtivesse parecer contrário à votação. E o parecer que afirmava que a lei seria inconstitucional foi aprovado e o projeto de lei foi devidamente arquivado, uma espécie de “tapa na cara” nos 19 jornalistas recém diplomados e outros que já estão há mais tempo atuando, alguns inclusive fora do mercado de trabalho.
Nem 2 minutos após a decisão que sepultou os interesses dos jornalistas, duas matérias chamaram a atenção de quem estava no plenário acompanhando atentamente aos trabalhos dos digníssimos, moção de congratulação ao jornalista Ilson Machado (que é provisionado, termo usado àqueles que apesar de não terem diploma, têm o direito à registro na categoria pelo tempo de serviço) e outra moção, desta vez aos profissionais da Rede Floresta de Rádio (Jovem Pan e Bambina FM) pela campanha de arrecadação “sua rádio é solidária) que tem alcançado grande sucesso e repercussão na cidade. Homenagem (as duas) mais do que merecida, mas destoantes, uma vez que, de um plano os próprios vereadores sepultaram a lei que valoriza os profissionais diplomados e logo em seguida, como se nada tivesse acontecido, rasgam elogios à classe, no mínimo interessante, uma espécie de “bate e assopra”.