Bancários ameaçam entrar em greve

Os seis mil trabalhadores do sistema financeiro de Mato Grosso aguardam para hoje uma contraposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que atenda as reivindicações econômicas e sociais da categoria, que está na iminência da deflagração de uma greve geral por tempo indeterminado caso a quinta rodada de negociação, em São Paulo (SP), entre patrões e empregos não avance.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, José Guerra, até o momento a Fenaban não apresentou oficialmente qualquer índice de recomposição à classe que pede 16% de reajuste, dos quais 10,3% corrigidos de acordo com inflação do período e 5,7% de aumento real. “Vamos aguardar a proposta da Fenaban. Nós não queremos a greve, mas esperamos que as reivindicações sejam atendidas e o que temos visto até agora é que a Fenaban está empurrando a categoria para uma greve”, disse.
Conforme Guerra, somente após a reunião de hoje é que será convocada uma assembleia geral da categoria em que será discutido o resultado das negociações e, caso não atendam os anseios dos bancários, decido sobre uma paralisação geral das atividades do sistema bancários em todo o Estado.
O sindicalista garante que ainda não há data marcada para a realização da assembleia, que ainda depende de uma avaliação do Comando Nacional e do início de uma possível greve. Isso porque circula pelo WhatsApp mensagem de que a categoria entraria em greve no próximo dia 28. “Essas mensagens não são oficiais”, afirmou.
Além do reajuste salarial, a categoria reivindica Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$7.246,82 fixos, piso salarial de R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último) e vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$788,00 ao mês para cada (equivalente ao salário mínimo nacional).
Na área de segurança, eles consideram necessária a prevenção contra assaltos e sequestros com permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação, além da instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas e abertura, entre outros.