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Aerosmith fecha Monsters of Rock em show para 30 mil fãs em SP

Aerosmithsegundo dia de Monster of Rock levou 30 mil pessoas ao festival, neste domingo. Foi como se o Anhembi, em São Paulo, tivesse recebido um show do Aerosmith com várias bandas (e o Ratt) na abertura. Diferentemente do sábado, o público pareceu se poupar para o Aerosmith, sem se importar tanto com quem passou antes pelo palco.

Mesmo sendo a quarta vez do Aerosmith no Brasil nos últimos cinco anos, e pouco mudando o repertório (“What it takes” merece uma variada na versão ao vivo), o grupo americano pode ter certeza que sempre encontrará afago por aqui. E quanto menos música nova e cover obscura tocarem, mais aplausos terão.

A força de hits como “Cryin”, “Love in a elevator” e “Dude (Looks like a lady)” vai além das brigas entre integrantes, hiatos sem lançamento de discos e problemas de saúde. Nesta quinta vinda, o grupo se apresentou sem o baixista Tom Hamilton, que saiu da turnê para voltar aos Estados Unidos e receber cuidados médicos. “Conversamos com ele por Skype hoje e ele mandou um oi. Então, oi”, disse o vocalista Steven Tyler em entrevista exibida no telão, logo antes de a banda começar a tocar.

O set tem músicas de todas as fases do Aerosmith, e ainda versões de Beatles (“Come together”), Fleetwood Mac (“Stop messin around”) e Led Zeppelin (“Whole lotta love”). São mais de 20 músicas em duas horas de show.

Whitesnake e RattWhitesnake e Ratt
Bem mais popular do que as bandas que tocaram antes, o Whitesnake deu início ao seu show pouco antes das 21h. O grupo, criado em 1978, tem a seu favor baladas roqueiras até hoje tocadas em rádios brasileiras como “Is this love”, quarta canção do repertório, tocada logo depois do também hit “Love ain’t no stranger”.

David Coverdale, aos 62 anos, cada vez se arrisca menos. Mostra serviço com poucos gritos e uma versão a capela de “Soldier of fortune”, seguida por “Burn”. A dobradinha do Deep Purple, banda na qual cantou, fecha o set. No geral, os vocais são impecáveis (e artificiais). A voz de Covedale só dá sinais de desgaste quando ele para de cantar e se comunica com a plateia. Vocais de apoio de seus colegas de banda e coros pré-gravados encorpam “Fool for your loving” e “Here I go again”, inegavelmente farofas hard roqueiras de primeira grandeza.

Há trechos em que ele vira o microfone para o público e, estranhamente, a parte cantada das canções não sofre alteração. Os fãs vibraram com a estampa da camisa do cantor, uma bandeira do Brasil com logotipo do Whitesnake; e aplaudiram solos de bateria e guitarra.

Antes do Whitesnake, a banda de glam rock Ratt tocou, sem muito alarde. O vocalista perguntou, já perto do fim do show, se quem se espremia em frete ao palco “queria ver mais a banda”. Pouca gente respondeu. Então, ele perguntou de novo. Era a deixa para “Back for more”. Os músicos do Ratt foram então apresentados, ao som de tímida saudação vinda dos fãs: “Ratt, Ratt, Ratt”. Talvez faria mais sentido se o grupo tivesse tocado em um horário menos nobre do festival, antes de Buckcherry e Queensryche.

‘Puta louca’ do Buckcherry
Antes dos principais shows da noite, os veteranos do Dokken e o remodelado Queensryche esquentaram o público. Não que ele precisasse: a temperatura passou dos 30º no Anhembi.

Josh Todd, homem de frente do Buckcherry, falou bastante durante a apresentação de seu grupo. Tentou conquistar os fãs falando várias vezes o nome da banda, e perguntando se a plateia a conhecia. Com 43 anos, o cantor se apoiou em seu vigor vocal, mas encontrou um público um tanto cansado. O Buckcherry terminou o setlist com “Crazy bitch”, música inspirada na socialite Paris Hilton. “Putas loucas”, explicou Todd. A canção foi reforçada por trecho de “Miss you”, dos Rolling Stones.

New metal no sábado
Hoje não tão novo assim, o new metal que fez sucesso nos anos 90 e começo dos 2000 dominou o sábado de festival. O Slipknot repetiu o bom show do Rock in Rio 2011. A banda de mascarados colocou a multidão para sentar no chão e fazer um “salto gigante” durante a música “Spit it out”. Os 30 mil fãs de rock também viram outros shows que misturaram heavy metal, rap e hardcore. Korn e Limp Bizkit mostram suas canções mais conhecidas, mas provocaram mais euforia da plateia com ajuda de covers.

O Limp Bizkit apostou em “Killing in the name”, do Rage Against the Machine. Também tocou sua conhecida versão de “Faith”, do George Michael; e uma rápida homenagem ao Nirvana, com “Smells like teen spirit”. A pose e canções famosas como “My way” ajudaram o grupo a manter a plateia animada, mesmo que falte fôlego (e afinação) ao vocalista Fred Durst.

O Korn começou com músicas mais novas, do oitavo disco do grupo, lançado no começo deste mês. Depois, tocou “Roots bloody roots”, do Sepultura, com participação do atual vocalista Derrick Green e do guitarrista Andreas Kisser. “Got the life” e “Freak on a leash” deixaram clara a competência da banda, reforçada ainda mais por conta da limitada performance do Limp Bizkit no show anterior.

Fonte: G1

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