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Vice-presidente da APAE denúncia ex-secretário de saúde por desvio de finalidade

O vice-presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de Alta Floresta, Marcelo Weber em entrevista a radio Bambina FM, na última terça-feira 06, fez uma denúncia contra o ex-secretário de saúde Adônis Pacheco sobre desvio de finalidade de recursos da Unidade municipal multidisciplinar de atendimento à saúde de Alta Floresta – UMACAF. Conforme as informações, o ex gestor em seu relatório na deixada de cargo, apresentou que cerca de R$ 386 mil reais foram encaminhados para pagamento dos profissionais da unidade, dinheiro esse que segundo Weber não foi repassado, uma vez que toda a equipe foi demitida em julho de 2017.
A unidade de saúde foi criada em 2005 e não atende apenas as crianças da APAE, mas todas do município que possuem quaisquer tipos de deficiências mentais e físicas, “foi criado em 2005 tinha uma equipe completa, mas acabou tendo alguns desfalques que não foram repostos com o passar dos anos, no ano passado restavam os dois profissionais de fisioterapia que foram demitidos pela administração pública”, explicou.
Segundo Weber, o secretario havia garantido que um teste seletivo seria realizado para as recontratações, hoje o serviço não é realizado apesar dos repasses estarem sendo feitos, “a LOA do ano passado foi colocado aproximadamente R$ 400 mil reais para a Escola e o gestor que saiu agora apresentou um relatório de folha de pagamento pros profissionais da unidade, UMACAF, no valor de R$ 368 mil reais, mas, esse dinheiro não foi pago, pois não tinha servidores então entendo isso como desvio de finalidade e acredito que isso de improbidade administrativa tanto para o secretário, quanto para o Prefeito e não queremos isso o que a gente quer é que seja feita a coisa da maneira correta”, ressaltou.
Os fisioterapeutas também são necessários para a aquisição do PediaSuit, um equipamento terapêutico utilizado para tratamento de indivíduos com disfunções neurológicas, que surgiu com base em uma roupa criada para os astronautas usarem. O dinheiro para a aquisição foi repassado a APAE pela justiça federal, porém para a finalização da compra é necessário a capacitação de profissionais.
“Tenho crianças lá que tem microcefalia, tem 11 meses de idade e essa criança tem a perspectiva de ficar em pé, pelo menos isso na vida dela e da maneira que está sem atendimento vai passar a vida inteira em cima de uma cama, condenada por culpa da gestão, por irresponsabilidade”, explicou o profissional destacando que cogita a possibilidade de entrar com uma ação de improbidade pelo desvio da verba que de grande parte é repassado pelo governo federal destinado para a UMACAF.
Atualmente, a APAE atende conforme o senso escolar 95 crianças, com varias deficiências entre elas paralisia cerebral, síndrome de down, autismo, deficiências mentais entre outras, a unidade é mantida praticamente pela ajuda da população do município, principalmente pelo projeto “Anjos Solidários” onde um grupo de voluntários doam mensalmente dinheiro e donativos para a escola.

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