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São Manoel estaria “baldeando” funcionários com barcos até a obra da Usina; empresa não confirma

baldeação - Cópia

O bloqueio do acesso ao canteiro de obras da Usina São Manoel atingiu ontem o terceiro dia. A Cooperalfa – Cooperativa de Pequenos Mineradores de Ouro e Pedras Preciosas de Alta Floresta e Outros Municipios, desencadeou o movimento no domingo, mas uma decisão judicial que impedia o bloqueio acabou fazendo a cooperativa recuar. No entanto o movimento teria sido “assumido” pelos garimpeiros que não recuaram.

Ontem, por mensagens de WhatsApp, à redação do O Diário, alguns garimpeiros, cujos nomes serão preservados, afirmaram que a usina estaria levando os funcionários de barco até o empreendimento. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Usina Hidrelétrica São Manoel que não confirmou a informação repassada pelos garimpeiros. Fotos enviados ao O Diário seriam, segundo os garimpeiros, da baldeação de funcionários feita pela empresa.

Por meio de nota, a São Manoel limitou-se a responder: “A Empresa de Energia São Manoel (EESM), outorgada pela União para a construção e operação da Usina Hidrelétrica São Manoel, informa que cumpre rigorosamente os compromissos socioambientais, as exigências da Licença de Operação expedida pelo IBAMA, a legislação mineral e as obrigações do contrato de concessão com a ANEEL”.

Os garimpeitos afirmam não estarem sendo ressarcidos dos impactos decorrentes do empreendimento. Segundo uma mulher que está no movimento, até o presente momento não houve um contato sequer de diretores com os manifestantes, ela afirmou que o grupo, que está divido em três equipes, todos ser revezando na altura da balsa do cajueiro, “jamais vai desistir, porque o nosso objetivo nós queremos alcançar e nós vamos alcançar”, afirmou, confirmando as três equipes, “enquanto sai uma turma, a outra fica cuidando, quando uma sai a outra fica, nós estamos em três turmas aqui revezando pra não parar nenhum momento a manifestação”, afirmou dizendo que o movimento é por “tempo indeterminado”.

A mulher disse que, caso a empresa demore em conversar com os garimpeiros, a tendência é que eles ampliem o manifesto, “a coisa vai ficar pior, se não tiver uma resposta, nós vamos subir pra rua um grupo e vamos manifestar em frente o escritório da São Manoel, dentro da cidade”, ameaçou.

Outro garimpeiro destacou o “total desprezo” por parte do empreendimento e garantiu que alguns fazendeiros, igualmente descontentes com o tratamento dispensado pela UHE São Manoel, estariam aderindo ao movimento. “O grupo tá mais unido do que nunca, não tem data pra sair, o pessoal está cada vez mais forte, tem gente se juntando, fazendeiros”, afirmou, “eles mexeram com gente honesta, com gente digna e nós não vamos desistir desta luta não (…) por enquanto está bom mas daqui pra frente vai piorar”, ameaçou.

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