O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou investimento de R$ 6 milhões para a produção de café em Mato Grosso, nos próximos dois anos. Mudas de café geneticamente modificadas devem ser utilizadas nas lavouras para alavancar a quantidade de sacas colhidas.
De acordo com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o investimento faz parte do projeto ProCafé, desenvolvimento em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Entramos com esse reforço financeiro e de transferência de tecnologia para a região”, disse.
O diretor de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas do órgão, Pedro Neto, explicou que o objetivo é oferecer aos agricultores pacotes, com mudas de café, e tipos variados de sementes, além da capacitação dos funcionários e técnicos locais.
“Queremos fornecer pacotes para esses funcionários, além de repassar mudas e sementes para o plantio”, contou.
Os pesquisadores devem utilizar mudas de café geneticamente modificadas, de acordo com o diretor da Embrapa, Alaerto Marcolan. “Esse tipo de café iria produzir cerca de 40 sacas por hectare e hoje a média é de 5,8, o que é muito mais do que um café normal”, avaliou.
Atualmente, a produção de café no estado corresponde a menos de 0,2% do total do país. Mas o potencial de Mato Grosso para o desenvolvimento dessa cultura alimenta as expectativas de quem investe na produção de café.
A produção de café no estado é de quase seis sacas por hectare, mas os pesquisadores apontam que existe muito potencial para aumentar esse número, tendo Rondônia como exemplo, já que possuem solo e condições climáticas semelhantes.
Em Brasília, o assunto foi discutido com prefeitos da região noroeste do estado. “Em Cotriguaçú, tem aproximadamente 500 produtores de café, da agricultura familiar e de assentamentos”, afirmou o prefeito do município, Jair Klasner (PSB). Cotriguaçú fica a 920 km de Cuiabá.