Uma reunião emergencial foi convocada para hoje, as 9:00hs no gabinete do presidente da Câmara, Eloi Crestani, para discutir a crise no Hospital Regional Albert Sabin, no sentido de buscar uma solução para o impasse que põe em risco até mesmo a permanência da unidade em funcionamento. Participarão da reunião, além de vereadores, do Conselho Municipal de Saúde, também autoridades e clubes de serviços, com o intuito de discutir uma ações que podem ser desenvolvidas no sentido de defender o HRAS. Não está descartada a realização de manifestações.
Também ontem pela manhã, os secretários de saúde da região reuniram-se com o diretor do Hospital para cobrar uma solução para o impasse. Informações de José Marcos, apontam que o hospital deve em torno de 5 milhões de reais na praça, para médicos, funcionários e para fornecedores de insumos. Após a paralisação dos atendimentos, pelos médicos, que já estão há três meses sem receber, alguns fornecedores decidiram paralisar o fornecimento. O problema maior está nos insumos necessários para o funcionamento da unidade. Falta tudo, desde balão de oxigênio, passando por gaze e ataduras, até gás de cozinha e mais recentemente foi revelada a falta até de alimentos.
Com o hospital “na UTI”, o assunto mais citado na sessão ordinária da Câmara Municipal foi mesmo a questão do hospital. Na terça-feira, 06, pelo menos três propostas surgiram no sentido de manifestar contra a inércia do Governo do Estado, uma delas, pela vereradora Elisa Gomes, que fez parte do staff que ajudou a dar votação estrondosa para o governador Pedro Taques em nossa cidade. Elisa propôs que os vereadores montem acampamento em frente ao Palácio do Governo, em Cuiabá, para protestar pela falta de suporte para a cidade.
As outras duas propostas foram formuladas pelos vereadores Eloi Crestani, que defende até o fechamento da MT 208 como forma de chamar a atenção do governador do Estado pela falta de suporte à cidade e o vereador Emerson Machado propos aos seus colegas, se eles tivessem coragem, de votar uma Moção de repúdio contra a administração estadual pelo abandono a que estamos passando em vários setores, notadamente, no caso, na área de saúde em função do abandono do Hospital Regional.
Algumas destas propostas devem ser discutidas hoje.
O Conselho de Saúde, por meio do dr Thiago Incert está convidando a sociedade civil para participar da reunião e ajudar a discutir saúde para o problema.
Judicial – Nesta terça-feira, o promotor de Justiça Dr Luciano Martins propôs uma ação de cumprimento de sentença para forçar o estado de Mato Grosso a dotar o hospital dos insumos necessários para seu funcionamento. Uma decisão em ação civil publica no final do ano passado já garantia o funcionamento do hospital, no entanto, como o problema persiste, o Promotor decidiu por cobrar o cumprimento da sentença em 48 horas e, em caso de não cumprimento, até mesmo o bloqueio das contas do Estado no limite para resolver o problema do Hospital Regional de Alta Floresta.
Até o fechamento desta edição, a Justiça não havia se pronunciado.