O prefeito Asiel Bezerra decidiu no início da noite desta quarta-feira, 08, assumir pessoalmente as negociações diante da Mesa de Conciliação no Tribunal de Justiça, que amanhã, 10, fará uma audiência de conciliação para tentar dar um basta no movimento grevista que hoje entra no 31º dia de duração. Segundo assessores do prefeito, o gestor se fará presente juntamente com o procurador jurídico de Alta Floresta, Dr Kleber Coutinho, que conduziu, por parte da prefeitura, as negociações em audiência realizada na semana passada.
A greve teve início no dia 10 de março, após um pronunciamento desastrado do vice prefeito Ângelo Campos, quando esteve interinamente no comando da prefeitura de Alta Floresta. Numa sessão, no dia 3 de março, Ângelo, que naquele dia completava um mês no comando da gestão afirmou, com todas as letras, que a prefeitura não tinha capacidade de dar a reposição para os professores, pois estava falida. Revoltados, os profissionais iniciaram o movimento grevista, inicialmente com um indicativo de greve, marcando para o dia 10 seguinte o início do movimento.
E foi exatamente no dia 10, dia do inicio da greve que o prefeito Asiel conseguiu reverter o seu afastamento judicial, por problemas na gestão da saúde. Com a volta, o prefeito ordenou à sua equipe que iniciasse as conversações com os professores no sentido de encontrar um meio termo. De pronto, ordenou que fosse dado 7% de recomposição, pouco acima das perdas inflacionárias que girava em torno de 6%. Os professores não acataram a proposta e daí iniciou-se uma série manifestações no sentido de pressionar politicamente o executivo. Várias propostas foram apresentadas, mas com avanços muito pequenos, até que, na terça-feira à noite, numa reunião entre o prefeito Asiel Bezerra, a secretária Lenita Krocker e o líder do prefeito na Câmara, vereador Reinaldo de Souza, saiu uma proposta que se aproxima muito da pauta de reivindicações dos profissionais.
Na proposta, a prefeitura se dispõe a dar a reposição de 8% para os Professores e Motoristas efetivos a partir de 01/03/2015, garantia 13,01% para contrato temporário Professores, Apoio, TDI e Técnicos, realização imediata de concurso público com o fito de solucionar a distorção existente entre efetivos e interinos, garantia de que para o ano de 2016 os eventuais contratos terão como por base o inicial dos efetivos, (magistério e graduado), redução da jornada de trabalho dos Técnicos Administrativo Educacional de 40 para 30 horas e a formação de um grupo de trabalho para estudar a viabilidade da redução de jornada de trabalho dos Apoios e outras reivindicações.
Em assembleia, ontem, os profissionais acataram parte do que foi pedido, mas mantiveram o movimento grevista, e resolveu apresentar uma contraproposta, aceitar os 13,01% para os interinos, aceitar os 8% para os efetivos, porém com acréscimo dos 5% restantes (para atingir os 13,01%) parcelados em cinco etapas, a redução da Jornada de Trabalho dos Apoios a partir de setembro de 2015. Esta contraproposta será apresentada nesta sexta-feira, durante a rodada de negociações entre Sintep e prefeitura de Alta Floresa no Tribunal de Justiça.