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Opinião

Por Altair Nery, jornalista, advogado, morador de Alta Floresta a mais de 35 anos

A vinda do senhor Luís Carlos Moreira Luís Carlos Moreira, gerente de Relações Institucionais da Energisa até Alta Floresta para discutir com a sociedade as melhorias necessárias para acalmar o setor energético é de importância fundamental para o momento, especialmente porque esclarece que não há falta de energia na subestação que tem, segundo o que anunciou, uma capacidade instalada de 50 Megawatt-hora, e o município só estaria ocupando 25 Mwh, ou seja 50%.

Ocorre que, do outro lado da corda estamos nós enquanto sociedade, e que diariamente vivenciamos mudanças visuais na cidade com obras novas surgindo aqui, ali e acolá, empreendimentos voltados ao agro (armazéns e secadores), voltados à prestação de serviços (novos barracões de oficinas, por exemplo), ou voltados para o comércio. Experimente andar pelas avenidas principais da cidade (Ludovico, Ariosto, Perimetrais, ou mesmo ao longo da rodovia MT 208) para perceber que todo dia surgem novos prédios que por certo aumentarão em muito o consumo energético. Some-se à estes setores o surgimento de novos loteamentos residenciais (são muitos, em todos os pontos cardeais da cidade) e poderemos facilmente concluir que o crescimento da cidade e o ritmo da Energisa (e de outras empresas, cite-se a Aguas de Alta Floresta, como exemplo) estão desordenados, descalibrados, descompassados.

O que o Luís Carlos Moreira, da Energisa disse em alto e bom tom? Vocês (nós) precisam se organizar, a empresa não tem como saber dos novos empreendimentos. Será?!?

Na prática, Luís Carlos jogou sobre nossos ombros uma responsabilidade que de verdade é deles. Dizer que o seu Zé que vende caldo de cana não se planejou com antecedência e avisou a Energisa em cima da hora para solicitar uma carga de seu empreendimento é uma coisa, mas querer que nós acreditemos que o “Véio da Havan” (Luciano Hang) deixou para última hora para pensar sobre o assunto, aí é não acreditar no nosso potencial crítico de analisar as falas. Na boa, seu Luís Carlos, até essa parte eu estava gostando da sua fala, acreditando que não há má vontade da Energisa em resolver os problemas, mas daí em diante me deixou preocupado, pode ser que minha opinião inicial estava errada.

E piorou ainda quando o senhor relatou que esteve numa cidade, noutra região do estado, “preocupado” com 8 (OITO) armazéns que estavam sendo construídos, indicando a necessidade  de melhorias. Aí eu pergunto, seu Luís Carlos, o senhor experimentou andar à margem da MT 208, somente no trecho de Alta Floresta para ver quantos armazéns, loteamentos (novos bairros) ou outros empreendimentos estão sendo construídos? Asseguro, passa de oito. E só agora, após a “crise energética” cair nos grupos sociais, nas páginas pessoais dos moradores e em grupos do whatsApp é que surgiu esta preocupação em relação à Alta Floresta?

Mas, como eu aprendi a acreditar nas pessoas, até porque, seu Luís Carlos Moreira, mostrou a cara em nome da empresa, e afirmou que está disposto ao diálogo, então eu quero e vou dar minha parcela de crédito e vou torcer para que a sociedade se una em torno da solução e não fique tão somente nas críticas.

Em tempo: Sociedade representada por: empresários, lideranças sociais, vereadores e prefeito. Menos deputados estaduais e federais, pelo simples fato de que Alta Floresta não tem representante nestas esferas… tá na hora de pensar nisso também, não acham?

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